Você foi afetado pelo 'apagão cibernético'? Procon-SP explica o que fazer

Por Nilton Kleina

19/07/2024 - 11:242 min de leitura

Você foi afetado pelo 'apagão cibernético'? Procon-SP explica o que fazer

Fonte :  GettyImages 

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O Procon-SP detalhou o que o consumidor brasileiro pode e deve fazer caso tenha sido afetado pelo "apagão cibernético" que foi registrado nas primeiras horas desta sexta-feira (19). A entidade explicou os procedimentos no caso de perda ou atraso de voos, problemas em serviços de telecomunicações (como internet ou sinal de celular) e bancos.

As dicas envolvem as providências mais adequadas a serem adotadas em cada caso por clientes e companhias. "O Código de Defesa do Consumidor resguarda os direitos de quem eventualmente tiver prejuízos, bem como estabelece deveres para os fornecedores igualmente impactados", diz o Procon-SP.

Atrasos de voos

  • Se o atraso foi de uma hora, o consumidor tem direito a usar canais de comunicação, como internet e telefone;
  • Em atrasos de 2 horas, a empresa deve "oferecer alimentação adequada";
  • Se o atraso for de mais de quatro horas, o cliente tem direito a serviço de hospedagem (em caso de pernoite) e traslado. Além disso, pode solicitar mudança de voo, trocar a modalidade de transporte ou pedir reembolso do valor total da passagem. 

Nesses casos, a empresa aérea "não é obrigada a manter a assistência material" e, se o cliente já estiver na sua cidade de destino, a companhia deve "oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto".

Serviços de telecomunicações

As companhias precisam entrar em contato com o consumidor por algum canal e informar um prazo para retorno dos serviços.

O tempo da interrupção deve ser "descontado proporcionalmente na próxima fatura". A ideia é que a companhia tenha formas alternativas comunicação que não envolvam os próprios sistemas ou aplicativos que estão instáveis.

Serviços bancários

Em caso de problemas com bancos, o consumidor "não deve arcar com nenhum prejuízo em função da falha no serviço", como a cobrança de multa ou juros por atrasos. Se o tempo fora do ar gerar algum prejuízo, o fornecedor deve garantir uma alternativa para a operação.

Serviços bancários podem ter ficado instáveis no incidente.Serviços bancários podem ter ficado instáveis no incidente.

Como os serviços digitais são oferecidos pelos bancos, são eles que "devem se responsabilizar por eventuais falhas que possam ocorrer". Por fim, a ideia é que você guarde o protocolo de atendimento e, na falta de solução em tempo hábil, peça que o banco assuma ou pague pelo ressarcimento em caso de prejuízos.

O que foi o "apagão"?

Uma falha registrada na empresa de cibersegurança CrowdStrike gerou a indisponibilidade de vários serviços como bancos, bolsas de valores, emissoras de televisão e companhias aéreas.

A ferramenta que casou os problemas foi a Falcon, bastante utilizada pela plataforma de comunicação em nuvem Azure, da Microsoft. Até por isso, sistemas com Windows foram os afetados — e a famosa "Tela Azul da Morte" foi vista em terminais de atendimento e monitores de várias partes do mundo.


Por Nilton Kleina

Especialista em Redator


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