Nesta quarta-feira (10), o Ministério Público de Contas pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) o cancelamento de contratos com a empresa Starlink, cujo dono é Elon Musk. A entidade alega que o bilionário representa uma ameaça à “soberania nacional”.
De acordo com o Correio Braziliense, o documento foi enviado ao TCU pelo subprocurador-geral Lucas Furtado.
"Em meu entendimento, não pode haver qualquer relação do governo brasileiro, em todas as suas instâncias, com a empresa do Sr. Elon Musk, o qual, em total afronta e desrespeito à soberania nacional, ameaçou não se submeter ao Direito brasileiro”, argumentou o subprocurador.
O empresário Elon Musk será investigado pela justiça brasileira após ataques ao ministro Alexandre de Moraes. (Imagem: Nathan Howard/Getty Images)
Furtado pontuou que caso a União tenha contratos com a Starlink, eles devem ser extintos.
“O Brasil não pode viver de migalhas se quiser ser respeitado e providências urgentes devem ser adotadas a esse respeito”, acrescentou.
Sugestão de suspensão do Twitter
Além de sugerir o cancelamento dos contratos com a marca de internet via satélite, o subprocurador-geral do Ministério Público de Contas, Lucas Furtado, pediu ao TCU a suspensão do X (antigo Twitter).
"Afora isso, seria pertinente que o TCU analise a possibilidade de essa rede flagrantemente antissocial ser proibida de atuar no país, haja vista seus usuários a utilizarem como meio de ataque à democracia brasileira”, disparou.
O X (antigo Twitter) pode sair do ar nos próximos dias. (Imagem: Scott Olson/Getty Images)
Desde o último final de semana, Elon Musk tem criticado a justiça brasileira e particularmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em uma postagem feita na noite da última segunda-feira (08), Musk chegou a citar o presidente Lula. “Como Alexandre de Moraes virou o ditador do Brasil? Ele tem o Lula em uma coleira”, brincou o bilionário.
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