Edge Computing: qual o futuro da conectividade?

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Equipe TecMundo

Por Júlio Martins.

Com os avanços da tecnologia e o aumento crescente da demanda por conectividade permeando todos os aspectos da vida moderna, surge a necessidade de novas soluções capazes de fornecer respostas condizentes com os requisitos das aplicações atuais e futuras. 

Uma destas soluções é o Edge Computing, abordagem inovadora que visa superar as limitações dos modelos de computação tradicionais por meio de uma arquitetura distribuída, para promover o processamento de dados na borda da rede, ou seja, o mais próximo das fontes de dados e dispositivos do usuário. Diferentemente da computação em nuvem, que centraliza o processo em servidores remotos, o Edge Computing permite que o processamento ocorra localmente e de maneira descentralizada, trazendo vantagens significativas. 

Ao processar dados na borda, é possível reduzir a latência, minimizar a sobrecarga nas redes e melhorar a segurança dos dados.

Além disso, o Edge Computing oferece maior capacidade de resposta, permitindo a execução de aplicativos em tempo real, já que dependem de uma latência extremamente baixa, como em carros autônomos, aplicação de realidade virtual e Internet das Coisas (IoT). 

Apesar de reduzir a latência, melhorar a segurança (mantendo os dados sensíveis localmente), aumentar a eficiência da rede (evitando tráfego desnecessário de dados) e permitir uma maior escalabilidade, a abordagem de Edge Computing tem como principal desafio a gestão e o controle dos dispositivos distribuídos, além da necessidade de uma infraestrutura robusta, capaz de orquestrar o fluxo de dados de maneira a tornar a localização geográfica do dispositivo transparente, do ponto de vista da rede. 

Edge computing e conectividadeO Edge Computing vai superar as limitações dos modelos de computação tradicionais por meio de uma arquitetura distribuída.

Além disso, ao contrário da abordagem tradicional em nuvem, em que se tem a segurança concentrada na entrada e na saída da nuvem, no Edge Computing existe a necessidade de construir camadas de segurança de maneira disseminada, visando garantir a integridade dos dados, tanto nos dispositivos como no tráfego entre eles. 

Com o avanço do número de dispositivos conectados, aumento do volume de dados e a necessidade de baixa latência, exigida por aplicações da "Era 4.0", o movimento em direção ao Edge Computing é crescente e irreversível.  

À medida que a infraestrutura de rede for atualizada para lidar com a computação em borda, teremos uma conectividade mais rápida, confiável e responsiva, com capacidade aprimorada para lidar com a explosão de dados gerados por dispositivos e aplicativos em tempo real. 

O Edge Computing já é e se tornará cada vez mais parte essencial da arquitetura de rede, capacitando a próxima geração de inovações tecnológicas em todos os setores. É difícil prever o futuro da tecnologia, mas certamente o futuro das redes e das aplicações 4.0 está na adoção massiva do Edge Computing. 

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*Júlio Martins é diretor de Inovação da Roost, empresa de tecnologia especializada em soluções de Edge Computing. 

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