Se um serviço online é gratuito, aqui vai um alerta vermelho! Essa é a lógica que você deve utilizar antes de optar por um VPN grátis. Apesar de prometerem segurança sem custo para o seu bolso, muitos coletam e comercializam seus dados que supostamente deveriam permanecer criptografados e anônimos.
A primeira função de uma Rede Privada Virtual (VPN em inglês) é ser um intermediador seguro do seu tráfego na internet. A criptografia ajuda a mascarar o endereço do seu computador ou celular, garantindo uma navegação privada..
No entanto, os serviços web de redes privadas virtuais gratuitas podem lucrar com os seus dados e ainda ser uma porta de entrada para cibercriminosos. Assim, entenda a seguir por que é possível ser hackeado com VPN gratuito e quais são aqueles que prejudicam a segurança cibernética sem você saber!
Quais os riscos de usar uma VPN grátis?
Os riscos de usar uma VPN grátis são vários. Afinal, as empresas responsáveis pelos VPNs gratuitos conseguem ter acesso ao conteúdo das páginas que você acessa e do seu dispositivo.
Essas informações são valiosas, literalmente. Os provedores de VPN comercializam os dados para anunciantes a fim de cobrir os custos de toda a operação e lucrar com o serviço oferecido de forma enganosa.
Logo, o usuário não consegue aproveitar as vantagens de usar uma VPN que deveria ser segura e honesta.
Que tal descobrir os principais riscos de usar uma VPN grátis? De acordo com a análise de 283 apps de VPN para o Android feita em 2016 pela Organização de Pesquisa da Comunidade Científica e Industrial (CSIRO), elas são:
1) VPNs gratuitas podem registrar suas atividades online
Cerca de 72% das VPNs gratuitas estudadas pela CSIRO possuem rastreadores externos em seu software.
Isso significa que elas têm conhecimento sobre o seu fluxo de navegação, assim como o Google quando você faz uma navegação sem proteção. Contudo, não é possível saber para quem os operadores de VPN grátis enviam os seus dados.
A promessa de navegação privada não é cumprida pelo serviço gratuito de operadores de VPN.Fonte: GettyImages
2) Possuem políticas de privacidade nada transparentes
Segundo o site independente de avaliação Top10VPN, mais da metade dos aplicativos gratuitos de VPNs populares para dispositivos móveis são administrados por empresas com propriedade chinesa oculta.
Além disso, cerca de 86% apresentam políticas de privacidade abaixo do esperado e 64% não possuem um site de apresentação que facilita encontrar informações sobre quem opera o app VPN gratuito.
3) Podem infectar seu dispositivo com malwares
O estudo da CSIRO apontou que 6 do ranking de 10 VPNs infectados por malware são versões gratuitas. Ou seja, 38% apresentaram algum comportamento de softwares maliciosos.
Observou-se que os malwares identificados geralmente estão associados às publicidades exibidas pelo VPN grátis. O usuário é bombardeado com vários anúncios em tela, o expondo a cliques indesejados e perigosos.
Malwares podem roubar e criptografar dados dos clientes de VPNs gratuitos.Fonte: GettyImages
4) Reduzem a velocidade da sua internet
A velocidade da sua navegação também é um ponto negativo aqui. Alguns operadores de VPN grátis podem até oferecer proteção contra malware, mas geralmente reduzir a sua velocidade de navegação a fim de forçar o usuário a migrar para sua versão premium.
5) Comercializam a largura de banda do usuário
Há VPNs que lucram em cima da sua largura de banda e emprestam o seu IP quando você não o está utilizando a outros clientes. Isso é um grande risco, pois você não conhece as intenções de quem deseja usar o seu IP.
Quais VPNs grátis não são seguras?
Com base nos estudos de especialistas em VPN e segurança cibernética, os operadores de rede privada virtual mais suscetíveis aos riscos que acabamos de apontar são:
- VPN Free, Rocket VPN, Cyberghost, Betternet, SuperVPN, CrossVPN e Tigervpns – há presença de softwares maliciosos;
- Psiphon e Hoxx – monitora atividades dos usuários e dá acesso aos anunciantes;
- Betternet e Hotspot Shield – não cumprem com a promessa de não exibir anúncios;
- AnchorFree VPN e HotspotShield – faz redirecionamentos sem permissão para outros sites;
- Proton VPN – diminui a velocidade de internet dos clientes de plano grátis.
- Hola VPN – comete desvio de banda larga;
O que é necessário para ter uma VPN segura?
O primeiro passo é buscar o máximo de informações sobre a empresa provedora de VPN ou hospedagem. As avaliações de clientes e especialistas são as pistas que te indicam a verdadeira reputação da rede privada virtual.
O segundo passo para ter uma ter uma VPN segura é ler os termos e políticas de privacidade. Aquele texto gigante que costumamos ignorar e só clicar no botão "concordo" é o que te salvará de possíveis roubadas!
Terceiro passo: organize seu planejamento financeiro para ter condições de assinar um VPN de plano premium. Assim, você evita problemas de privacidade, segurança, internet lenta e pop-ups irritantes de anúncios.
Para te ajudar nessa missão, confira nosso artigo em que explicamos como escolher sua VPN de forma segura! Aproveite e compartilhe a informação em suas redes sociais e deixe seus colegas cientes.
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