A indústria musical na Coreia do Sul pode ser fascinante em diversos âmbitos, sobretudo quando se fala do investimento das empresas na produção de ídolos e também no retorno financeiro obtido por meio de suas criações. Em linhas gerais, há muitas pessoas que nascem com o sonho de se tornarem um idol (artista) de K-pop e as empresas sabem muito bem disso.
O fato é que há muita demanda nesse gênero musical e, anualmente, ele se torna cada vez mais popular com seu reconhecimento também no ocidente. Não à toa, há treinamentos intensos com diversos candidatos a ídolo, que, apesar receberam pouca ou nenhuma remuneração durante o processo também sabem, que o glamour dos palcos ainda está longe.
O girl group de realidade virtual Mave da Metaverse Entertainment, fez seu debut na indústria em 25 de janeiro.Fonte: Metaverse Entertainment
Porém, os avanços tecnológicos vêm abrindo novas portas dentro do setor. Com a ascensão do metaverso e as inúmeras possibilidades promovidas pela inteligência artificial, as empresas estão percebendo que podem lucrar muito mais com pouco investimento por meio de bandas na realidade virtual. Se você não sabia disso, confira todos os detalhes que abordaremos logo abaixo!
A realidade virtual no K-pop
No mundo do K-pop, as estratégias adotadas pelas empresas na promoção de suas bandas e ídolos são variadas. Além de criarem músicas contagiantes e que vão certamente atrair a atenção do público consumidor, há também o desenvolvimento de videoclipes narrativos e com inúmeros aspectos visuais marcantes.
Em linhas gerais, a intenção é gerar cada vez mais vendas por meio de diversos produtos. Conhecida mundialmente, a banda BTS, formada por sete garotos, por exemplo, possui uma incrível mitologia por trás de seu sucesso, criada intencionalmente por sua empresa promotora. Essa narrativa pode ser consumida via transmídia, seja em videoclipes, álbuns musicais, histórias em quadrinhos, entre outros.
Inúmeras teorias foram criadas a partir de "Blood, Sweat and Tears", do BTS. (HYBE Corporation/Reprodução)Fonte: HYBE Corporation
Os fãs mais empolgados, obviamente, não poderão deixar de ter mais possibilidades de se aventurar nessas histórias e acabam consumindo tudo o que for disponibilizado oficialmente. Inclusive, há até mesmo versões de um mesmo álbum sendo comercializadas com extras distintos para completar essas histórias.
Mas pensando no mundo real, é impossível que os membros das bandas de K-pop realmente tenham poderes mágicos ou se transformem em animais assim como as empresas desejam que aconteçam. Enquanto isso, na realidade virtual isso não é um problema. Afinal, nesse novo mundo de possibilidades, os ídolos realmente podem ser o que quiserem, além de compor isso em seu próprio visual.
Metaverso: tecnologia aliada ao entretenimento
Com isso posto, podemos pensar sobre o metaverso, que consiste basicamente em uma realidade alternativa totalmente virtual. Nela, os ídolos de K-pop poderiam se aproximar muito mais facilmente de seus fãs, criando interações significativas e até mesmo monetizadas.
A indústria sabe qual é o potencial expansivo do K-pop, levando em consideração todos os casos que já aconteceram até o momento e tendem a se repetir eventualmente. Fãs apaixonados criam cenários muito interessantes para serem explorados e o metaverso tem a capacidade de possibilitar um milhão de novidades.
Grupos de K-Pop já estão sendo criados com inteligência artificial para atuação no metaverso. (Pulse9/Reprodução)Fonte: Pulse9
Sendo assim, é importante destacar que, conforme a questão do metaverso se populariza cada vez mais na sociedade contemporânea, ele se tornará importante em diversos contextos, não sendo diferente no ramo do entretenimento.
Segundo especialistas, a Coreia do Sul é um grandioso palco de experimentações tecnológicas e, ao colocar sua grandiosa indústria musical no centro disso, pode significar o início de algo que se tornará rotina em um futuro muito próximo.
Conheça os grupos que já estão no Metaverso
Curiosamente, nos últimos tempos, o mundo conheceu mais sobre os grupos de K-pop que já fazem parte da realidade virtual e estão disponíveis no metaverso para interações e apresentações musicais.
Assim como o fenômeno das Vocaloids japonesas da década passada, as bandas virtuais podem se tornar mundialmente conhecidas e apreciadas — e também com um custo de investimento mais baixo.
O girl group Eternity foi lançado oficialmente em 2021 com o single “I’m Real”. Com onze integrantes criadas em realidade virtual, seus vídeos ultrapassam a casa das milhões de visualizações. Assim como um grupo tradicional, cada membro possui uma função específica, como rapper, vocalista principal e dançaria principal, por exmplo.
Outro grupo é o MAVE, que foi apresentado ao público no último mês de janeiro pelo metaverso. Com quatro integrantes (Marty, Siu, Tyra e Zena), o single "PANDORA'S BOX" gerou diversos comentários nas redes sociais.
De acordo com Park Jieun, uma das responsáveis pela banda Eternity, as bandas feitas com base em inteligência artificial não possuem limitações. "Personagens virtuais podem ser perfeitos, mas também podem ser mais humanos do que os humanos", explicou ela em entrevista à BBC 100 Women.
Vale lembrar que a SM Entertainment, umas das maiores agências de k-pop, começou a se aventurar no metaverso em 2020 com o lançamento do girl group Aespa.
Por mais que a realidade virtual seja o foco, esses artistas ainda contam com anônimos por trás, que cantam, dançam e conversam com os fãs. Misturando características já conhecidas do público e do gênero têm tudo para agradar a maioria dos fãs do gênero.
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