A dois dias da eleição presidencial, o Tinder reuniu dados das bios dos membros de seu app no Brasil e descobriu que as pessoas estão atualizando seus perfis também guiados por suas paixões políticas. Afinal, compartilhar as mesmas ideias e ideais pode ser fundamental na hora do match.
Para quem pensa que política não tem lugar em um site de namoro, os dados do Tinder provam o contrário. De acordo com a plataforma, o interesse de seus usuários – principalmente os jovens eleitores entre 18 e 25 anos – pela política aumentou bastante durante o início da pandemia. De 2020 a 2022, o termo “política” mais do que dobrou nas bios.
Sintonizado com o interesse dos seus membros, o Tinder divulgou nota “incentivando todos a se informarem mais sobre os candidatos, com comunicação dentro do app que direciona membros para o site do Tribunal Superior Eleitoral”.
Como está a preferência eleitoral dos membros do Tinder?
Assim como ocorre nos relacionamentos, as bios do Tinder funcionam como uma “fotografia” da personalidade da pessoa pesquisada, pois ajuda os membros a encontrar interesses comuns e começar conversas com seus escolhidos. De acordo com a plataforma, essa tendência se intensificou entre jovens até 25 anos que, depois da pandemia, passaram a expor seus posicionamentos mais inovadores.
Nesse sentido, a palavra "Bolsonaro" começou a ser citada a partir de março de 2020 por essa faixa etária, tanto para expressar apoio quanto oposição à política do atual presidente. As referências ao atual candidato à reeleição tiveram seu pico em 22 de janeiro de 2021, quando foram 2,8 vezes maiores. Porém, o termo começou a cair em agosto de 2022, perdendo 50% no volume de citações.
Já o termo "Lula" teve um aumento de 2,4 vezes em menções nas bios do app em 2022, com pico em agosto. De acordo com o Tinder, essa elevação reflete o crescimento das intenções de voto no candidato oposicionista revelado nas últimas pesquisas eleitorais.
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