A Microsoft não vai utilizar qualquer sinalização ou indicativo de que um conteúdo publicado ou exibido em sites, serviços e plataformas da empresa é falso ou enganatório. A confirmação veio do próprio presidente da companhia, Brad Smith, em entrevista ao site Bloomberg.
"Não acho que as pessoas querem governos dizendo a elas o que é verdadeiro ou falso. E não acho que elas estão interessadas em ter empresas de tecnologia fazendo isso também", diz o executivo. Ele diz temer que ações mal planejadas da marca contra fake news sejam consideradas censura e prefere usar a informação como arma.
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Isso significa que a rede social corporativa LinkedIn, o buscador Bing e eventuais sites controlados pela marca não terão esse tipo de sinalização. Outras gigantes do setor de mídias sociais, como a Meta (dona do Facebook e do Instagram) e o Twitter, já adotaram rótulos e etiquetas a respeito de fake news para alertar os usuários depois de uma série de críticas e denúncias.
O que a Microsoft fará contra fake news?
Segundo Smith, apesar da falta de rotulação de postagens, a ideia da Microsoft não é deixar desinformação circular livremente. A empresa será "transparente" e vai focar em tornar públicas campanhas de desinformação contra o setor público e privado, compartilhando informações com o público e governos.
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A empresa, por exemplo, já detectou campanhas de fake news orquestradas pelo governo russo em relação à invasão da Ucrânia e denunciou ataques de hackers que roubaram dados de órgãos oficiais. Além disso, a agência de notícias estatal RT teve a visibilidade limitada e o aplicativo removido da loja do Windows.
Ela ainda disse que focará em "formas de detectar operações de influência", embora não tenha detalhado exatamente como será essa estratégia.
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