As operadoras Claro, Vivo e TIM, que compraram a Oi Móvel, solicitaram uma redução de R$ 3,2 bilhões no valor total do negócio, alegando divergências nos cálculos finais dos ativos. A notificação foi entregue à empresa no sábado (17), data limite para as manifestações referentes ao acordo.
No documento, as compradoras afirmam que a Oi precisa devolver R$ 1,74 bilhão a elas, na prática, uma vez que as concorrentes já haviam retido cerca de R$ 1,4 bilhão, quantia referente a eventuais indenizações ou ajustes no preço de fechamento. Do total supostamente devido, a maior parte, R$ 769 milhões, pertenceriam à TIM.
Para a Vivo, o valor a devolver seria de R$ 587 milhões, enquanto a Claro ficaria com R$ 383 milhões. A divisão é parecida em relação aos valores retidos, com R$ 634 milhões pertencendo à TIM, R$ 488 milhões à Vivo e R$ 324 milhões à Claro, conforme o relatório.
Os clientes da Oi Móvel foram divididos entre a TIM, a Vivo e a Claro.Fonte: Shutterstock
As três rivais adquiriram a divisão móvel da Oi em um acordo de R$ 16,5 bilhões, oferta em conjunto feita em dezembro de 2020. No entanto, o negócio só foi confirmado em abril deste ano, após ser analisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
“Erros procedimentais e técnicos”
Em comunicado, a Oi disse que o cálculo apresentado pelas compradoras possui “erros procedimentais e técnicos”, além de equívocos na metodologia, nos critérios, nas premissas e na abordagem. Ela ressaltou ainda que “discorda veementemente” do valor de ajuste alegado.
A empresa também declarou que aguarda um acordo de “boa-fé” após as operadoras receberem a sua resposta. Caso as divergências não sejam resolvidas dentro de 30 dias, as partes poderão solicitar a uma auditoria independente que avalie o ajuste sugerido, tendo mais 30 dias para o seu parecer final.
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