Na última quinta-feira (21), o YouTube revelou que tomará medidas mais rigorosas para usuários que publicarem vídeos que contenham desinformação a respeito de aborto. A companhia irá remover publicações sobre fake news relacionadas ao tema.
A decisão da plataforma chega semanas após a Suprema Corte dos Estados Unidos derrubar o direito ao aborto, e diversos estados conservadores proibirem o procedimento. O assunto é motivo de debates intensos na internet, e o que não faltam são notícias e informações equivocadas e falsas sobre essa pauta.
Em nota, o YouTube deixa claro que qualquer usuário que realizar publicações que possuam conteúdo manipulado para enganar usuários, como clipes fora do contexto; conteúdos incorretos, como alegar informações antigas de um evento passado como se fossem recentes; promover remédios, curas, tratamentos ou substâncias nocivas que representam riscos ao público; e contradizer especialistas e autoridades legais sobre práticas seguras, terá sua postagem excluída do site.
Em uma pequena thread no Twitter, o YouTube afirma que "[...] todas as suas políticas de saúde, a plataforma conta com as orientações publicadas por autoridades da saúde. A prioridade é conectar pessoas ao conteúdo de fontes autorizadas sobre os tópicos de saúde, e revisamos continuamente nossas políticas e produtos à medida que os eventos do mundo real se desenrolam".
1/ Starting today and ramping up over the next few weeks, we will remove content that provides instructions for unsafe abortion methods or promotes false claims about abortion safety under our medical misinformation policies. https://t.co/P7A27WPYuD
— YouTubeInsider (@YouTubeInsider) July 21, 2022
Recentemente, outas gigantes da tecnologia passaram a se inteirar sobre essas discussões. O Google anunciou que irá excluir de sua base de dados, informações sobre mulheres que visitaram clínicas de aborto para proteger a privacidade dessas pessoas.
Todavia, uma executiva da Meta proibiu discussões sobre o aborto com o pretexto que tais debates podem levar a um "ambiente de trabalho hostil". Jim Ryan, CEO da PlayStation, também foi criticado após enviar um e-mail que desrespeitou muitos de seus funcionários pelo teor "engraçado" da mensagem.