No dia 15 de julho de 2012, um confortável domingo, o YouTube recebia o que seria o primeiro vídeo a bater a marca de um bilhão de visualizações: o clipe “Gangnam Style” do sul-coreano Psy. Totalmente inovadoras, a música e a apresentação se tornaram um fenômeno mundial, e a “dancinha do cavalo” logo estava rodando em todos os celulares do planeta, isso seis anos antes de o TikTok existir.
A verdadeira revolução midiática não apenas transformou a carreira do artista, como reformulou os conceitos da indústria do entretenimento, ao mostrar que, mesmo sem usar o inglês dominante como linguagem, é possível pode conquistar audiências internacionais através da internet.
O próprio conceito de sucesso teve que ser ressignificado, com a Billboard passando a considerar o número de visualizações no YouTube como critério para seu ranking. No dia 13 de novembro de 2012, quatro meses após o lançamento do videoclipe, Psy estava executando a sua arrojada coreografia no Madison Square Garden, em Nova York, dividindo o palco com a "rainha" Madonna.
O que aconteceu com Psy depois de Gangnam Style?
Em entrevista à AFP em junho passado, Psy diz ter buscado inspiração em uma fonte impensável: a banda de rock britânica Queen, e especialmente em Freddie Mercury. Em 1992, reconhece, ele não se considerava um bom cantor, "era apenas um dançarino divertido".
Ao ir para os EUA estudar Administração de Empresas para continuar os negócios do pai, acabou gastando toda a grana dos estudos em equipamentos eletrônicos de música, e mergulhou na "era dourada" do hip-hop no final da década de 1990.
Apesar de meio afastado do show business ultimamente, o rapper garantiu à AFP não estar em fim carreira, conseguindo administrar seu tempo entre música e sua empresa P NATION. Mas jamais se esquece da sua "Gangnam Style". "É o maior troféu da minha vida. Quando faço um espetáculo, esta é minha arma mais poderosa", confessa.
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