O Telegram foi liberado novamente para operar no Brasil no último domingo (20), em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que seguiu a determinação inicial do ministro Alexandre de Moraes. Aos poucos, começam a surgir detalhes sobre o que o mensageiro fez para conseguir a revogação do banimento.
Segundo a Agência Brasil, o app prometeu realizar o "monitoramento dos 100 canais mais populares no país e o acompanhamento da mídia brasileira". Não há detalhes sobre como essa supervisão aos canais vai acontecer e nem quais são os grupos, mas essa centena representa mais de 95% das visualizações de mensagens públicas do app em território nacional.
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"Acreditamos que essa medida será impactante, pois nos permite identificar informações perigosas e deliberadamente falsas no Telegram com mais eficiência", disse a companhia, segundo a Veja.
Mais ações são esperadas
O Telegram ainda vai realizar parceiras com agências de checagem para garantir a confiabilidade de informações trocadas em grupos públicos e reforçar punições a contas acusadas de espalhar notícias falsas. O representante do Telegram no Brasil para assuntos jurídicos também foi escolhido: o advogado Alan Campos Elias Thomaz, que terá contato direto com a administração da companhia para responder mais rapidamente e de forma oficial aos questionamentos de autoridades nacionais.
De acordo com o Mobile Time, o canal do presidente da República, Jair Bolsonaro, está na lista — ele conta com mais de 1,1 milhão de inscritos e teve uma postagem apagada também a mando do STF, por violação de leis locais e acusações ao sistema eleitoral.
O CEO e fundador do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas ao STF e alegou que os emails enviados pelos representantes foram "perdidos" e, portanto, ignorados.
Fontes