Na última segunda-feira (21), Karen Duque, a Gerente de políticas públicas e relações governamentais do Google Brasil, publicou no blog da companhia detalhes sobre as novas políticas de publicidade. Uma das novidades foi a definição de publicidade eleitoral, que vai além do previsto na legislação brasileira e inclui "todo e qualquer anúncio que menciona candidatos a cargos federais, partidos políticos e governantes eleitos, mesmo que não haja pedido de voto".
O Google também está realizando um processo de verificação dos anunciantes que desejam veicular propagandas classificadas como eleitorais, de acordo com o conceito anterior. Esse processo servirá de base para construir o Relatório de Transparência de Publicidade Política, que informa em tempo real os anúncios eleitorais comprados nas plataformas Google Ads e Display & Video 360. Segundo a empresa, o relatório será disponibilizado no Brasil no primeiro semestre de 2022.
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Relatório de publicidade política dos EUA. A ferramenta estará disponível no Brasil em breve.Fonte: Fonte: Reprodução/Google
Para que serve o relatório
Segundo a companhia, o relatório visa evitar "interferências indevidas" no processo eleitoral e dar mais transparência sobre os anunciantes que promovem publicidade eleitoral por meio das plataformas do Google. Qualquer anunciante que tenha passado pelo processo de verificação poderá veicular propagandas eleitorais e as informações do valor pago pelo anúncio estarão disponíveis para qualquer pessoa.
O Google irá permitir a exibição de publicidade política que mencione partidos políticos, titulares de cargos públicos eletivos federais ou candidatos antes de 16 de agosto — data estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o início das propagandas eleitorais — visto que não necessariamente esses anúncios serão de natureza eleitoral. Caberá à Justiça Eleitoral definir se um anúncio segue a legislação ou não.
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