Na última sexta-feira (21), o Google protocolou um recurso de uma decisão de 2020 que a obriga a pagar US$ 40 mil a um advogado e remover um artigo considerado difamatório. A empresa afirmou que cumprir essa decisão teria como resultado uma "censura" da internet.
A disputa se iniciou em 2016, quando o advogado George Defteros pediu ao Google que retirasse do ar um artigo do jornal The Age de 2004 — que ainda se encontra disponível. O artigo afirmava que Defteros havia sido acusado de estar envolvido em uma série de assassinatos ocorrida em Melbourne, na Austrália.
A Google argumentou na apelação que não pode ser tão responsável quanto o editor do The AgeFonte: Reprodução: Nathana Rebouças/Unsplash
No entanto, o que realmente aconteceu foi que o advogado estava representando clientes envolvidos no crime. As acusações contra George Defteros foram retiradas em 2005, mas o artigo permaneceu no site e no mecanismo do Google. Foi então que, seis anos atrás, o advogado entrou com o processo.
Na apelação, o Google argumenta que não pode ser tão responsável quanto o editor do jornal The Age, que efetivamente publicou o artigo considerado difamatório. Segundo a empresa, "o resultado da pesquisa por si só não transmite imputação difamatória ao autor".