O projeto Starlink, que vai levar sinal de internet via uma constelação de satélites, ainda está um pouco longe de gerar lucro para a SpaceX. Quem revelou a informação foi o próprio CEO da companhia, Elon Musk, em uma entrevista concedida durante a edição virtual da MWC 2021.
Segundo o empresário, a companhia está "perdendo dinheiro" com o atual terminal que faz parte do kit da Starlink e faz a recepção do sinal. O custo do equipamento é de cerca de US$ 1 mil na atual versão, com vendas por cerca de US$ 500 e o resto do custo sendo coberto pela própria marca.
Em termos mais práticos, Musk indicou que o Starlink precisa gerar até US$ 30 bilhões em receita para se tornar uma empresa rentável e em pleno funcionamento. O problema é que o investimento para se chegar no nível em que esse dinheiro seja gerado fica entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões.
Em busca de melhorias
Por outro lado, a SpaceX corre para desenvolver equipamentos ao mesmo tempo mais baratos e potentes. A versão 1.5 dos satélites está próxima e terá ligações entre as unidades, o que melhora a conectividade, sendo que a versão 2.0, prevista para 2022, "é significativamente mais capaz". A próxima geração dos terminais deve ser mais barata e igualmente potente.
Além disso, Musk confirmou que tem conversado sobre "duas possíveis parcerias" em vários países, especialmente para fornecer sinal de 5G para zonas rurais — que não são as áreas prioritárias de governos em que essa conectividade mal começou a ser implementada.
Atualmente em fase Beta, o lançamento global do fornecimento de internet via Starlink está previsto para setembro deste ano. Já foram mais de dez lançamentos de novos grupos de satélites só em 2021, com 500 mil pré-reservas já confirmadas.
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