O Pornhub foi acusado nesta quinta-feira (17) de hospedar vídeos não-consensuais e lucrar com conteúdos que envolvem pornografia infantil, estupro e tráfico humano. O processo civil é assinado por 34 mulheres; 14 afirmam ser menores de idade nos vídeos e outras 14 dizem que foram vítimas de pessoas acusadas e/ou condenadas por crimes sexuais.
Este caso é similar ao de dezembro de 2020, em que, após uma investigação da Visa e da Mastercard, a plataforma de pornografia apagou quase nove milhões de vídeos de usuários não verificados.
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Mais moderação de conteúdo no site?
A MindGeek, empresa criadora do Pornhub e que administra outros 150 sites adultos, foi citada no processo. Michael Bower, advogado responsável por representar as mulheres, informou que a empresa pode ter que pagar até centenas de milhões de dólares em danos.
"Este caso não envolve pornografia, e sim estupro. Esta é uma indústria legítima, que as pessoas têm o direito de participar. Mas, isso precisa ser feito legalmente e não com conteúdo ilegal", afirmou o advogado de acusação.
Em fevereiro, o Pornhub anunciou que expandiu sua moderação de conteúdos com um software e uma equipe que analisam vídeos diariamente em busca de ilegalidades. A plataforma também deixou grupos de terceiros sem fins lucrativos denunciarem vídeos considerados como ilegais pelo "programa de denunciadores de confiança".
Porém, o site não segue procedimentos da indústria "tradicional" de pornografia, como a verificação de idade dos envolvidos e nem de consentimento prévio na gravação e publicação do conteúdo.
Isabella, que usa um pseudônimo, disse que descobriu a existência de seu vídeo no Pornhub após colegas de universidade questionarem se ela trabalhava com pornografia. A vítima afirma que tinha 17 anos na gravação em que aparecia nua e que foi obrigada a fazer pelo namorado. "Demorou muito tempo para aceitar que fui vítima disso", confessou.
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