Internet via rádio: o que é, como funciona, é boa?

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Imagem: Unsplash/Reprodução

Embora não seja tão popular atualmente, a internet via rádio pode ser a única opção em regiões mais distantes das capitais do Brasil. Isso porque, ao utilizar antenas para captar o sinal, sua implementação é menos custosa do que outras opções, como a fibra óptica — fator determinante para provedores de pequeno porte usarem a tecnologia.

Caso você esteja pensando em adotar a internet via rádio, é importante conhecer seu funcionamento, bem como as vantagens e as desvantagens dessa opção. Além disso, antes de tomar uma decisão, é preciso analisar se ela se adequa a seu perfil de usuário.

O que é a internet via rádio?

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Não é possível explicar o que é a internet via rádio sem falar de seu funcionamento. De modo geral, essa tecnologia depende do sinal emitido por torres (conhecidas como POPs) que são distribuídas em pontos altos de uma região por provedores. Para que esse sinal seja captado e transformado efetivamente em conexão, é preciso que uma antena seja instalada na residência do usuário ou no local onde a internet será utilizada. Essa antena deve ser colocada em um ponto alto, de modo que a conexão com a torre de transmissão seja facilitada.

A recepção do sinal de rádio pela antena não torna, contudo, o local conectado de forma instantânea, afinal esse sinal precisa ser convertido — e é aqui que entra o modem, responsável por transformá-lo e transmiti-lo para a placa de rede do computador.

Vantagens e desvantagens

Uma vez explicado como funciona a internet via rádio, vamos às vantagens e às desvantagens.

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Vantagens

A primeira da lista e uma das principais vantagens dessa tecnologia é a cobertura. O sistema de torres e antenas permite que o sinal cubra uma grande extensão e alcance locais mais afastados dos centros, como áreas rurais. Na cidade, também pode ser útil, atendendo a bairros em que a internet via cabo está sobrecarregada ou onde a fibra óptica ainda não tenha chegado.

Além disso, sua instalação dispensa a presença de telefone ou TV a cabo, uma vez que funciona de modo independente. Isso significa que não é preciso pagar por serviços que não serão utilizados, o que reduz, consequentemente, as chances de cair nas famosas, porém ilegais, vendas casadas.

Por fim, destacamos a manutenção reduzida, na hipótese de uma instalação bem-feita. Isso é uma vantagem em relação à opção cabeada, já que casos como furto de fios ou cortes nos cabos geram custos adicionais de manutenção.

Desvantagens

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Já que a tecnologia depende de ondas eletromagnéticas, a instabilidade é um problema; portanto, assim como a TV por satélite, a conexão “engasgará” com chuvas e tempestades, podendo deixá-lo na mão a qualquer momento. Há ainda outros fatores que podem interferir na estabilidade da internet, como o equipamento utilizado, a distância entre as antenas e a torre de transmissão, bem como possíveis interferências no local de instalação das antenas.

A velocidade também não é um ponto forte da opção via rádio. Em geral, clientes residenciais contratam pacotes que variam entre 1 MB e 10 MB. Embora os provedores ofereçam planos acima dos 20 MB, eles costumam ter finalidades comerciais — e, é claro, preços mais altos.

Por fim, o valor. Antes de fechar um pacote, pense muito bem no custo-benefício. Em geral, o preço por Mb/s é mais baixo em opções cabeadas e até mesmo na fibra óptica. Além disso, em alguns casos, o usuário precisa comprar equipamentos por fora ou pagar pela instalação, o que nos leva a concluir que, embora seja uma tecnologia mais “antiga”, não necessariamente será mais barata.

A quais perfis atende?

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Com tudo isso na mesa, é hora de delimitar os perfis a que a internet via rádio atende. Se você trabalha com internet, faz streamings ou é um assíduo jogador online, a opção está fora de cogitação. Nesse caso, prefira internet por cabo ou fibra óptica, que é mais estável, rápida e tem melhor latência.

Caso seu uso seja mais simples, a internet via rádio atenderá bem. No entanto, é preciso ficar atento ao custo-benefício, que pode despencar conforme a região e as alternativas disponíveis. Se, após as análises necessárias, você decidir contratar um plano, é preciso considerar alguns pontos antes de escolher o provedor.

O que considerar na hora de contratar?

Primeiramente, verifique se a empresa é legalizada junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em segundo lugar, informe-se sobre possíveis problemas de comunicação entre a antena e a torre do provedor na região, já que a presença de árvores, prédios e morros no local pode ser determinante para uma conexão ruim.

Por fim, mas não menos importante, verifique com outros clientes se a internet sofre em horários de pico. Esses dados são essenciais para a escolha da melhor empresa e, é claro, podem ajudar a evitar transtornos futuros.

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