SP tem 'ballet de drones' para conscientizar sobre doença arterial

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Equipe TecMundo

A cidade de São Paulo terá, às 19h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (05), um espetáculo de "ballet de drones". Serão 20 drones coloridos “dançando” no Parque Estaiada, na zona sul da capital paulista. O objetivo da ação é conscientizar o público sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).

Além dos "passos" dos drones, os moradores e visitantes poderão ouvir uma trilha sonora com alcance de 30 metros. Além de quem estiver presencialmente na região, os brasileiros poderão assistir ao evento em uma transmissão que será realizada pelo Instagram, neste link.

Entre as imagens que poderão ser vistas no céu estão a sigla da doença, o pulmão e a borboleta, símbolo da campanha “A Vida Merece um Fôlego”, lançada em novembro de 2020 pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, em parceria com entidades como a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Ballet de drones

A borboleta, nesse caso, representa “um novo fôlego, um novo começo que os pacientes ganham com o diagnóstico precoce e ao encontrarem e aderirem aos tratamentos adequados”.

Campanha

O ballet de drones aproveita o dia de hoje porque esta é a data quando é lembrado o Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar. A campanha A Vida Merece um Fôlego tem o objetivo de levar informações sobre a doença para médicos, pacientes e público em geral para contribuir com o diagnóstico e tratamento adequados.

Anteriormente, já havia sido organizada uma intervenção urbana no Largo da Batata (SP) com 5 mil borboletas de origamis coloridos, representando pacientes que convivem com a doença no Brasil.

Ballet de drone

Sobre a doença

A Hipertensão Arterial Pulmonar é uma doença rara, grave e progressiva que acomete os pequenos vasos sanguíneos da circulação pulmonar. Faz com que as artérias pulmonares (que realizam a comunicação entre coração e pulmões) estreitem, causando o aumento da pressão arterial nos pulmões e a dilatação do coração, podendo resultar em falha cardíaca e morte.

Os primeiros sintomas da HAP são leves e comuns a outras condições respiratórias mais frequentes ou conhecidas que limitam a capacidade de respirar, como a asma, por exemplo. Isso dificulta e frequentemente atrasa o diagnóstico. Desde o primeiro sintoma, o paciente pode demorar até 2 anos para receber o diagnóstico correto.

Para chegar ao diagnóstico, além da história clínica (sinais e sintomas que o paciente menciona), é necessário realizar testes para avaliar o coração, como ecocardiograma, e o pulmão. Finalmente, o cateterismo cardíaco direito é necessário e fundamental para fechar o diagnóstico. Embora seja mais comum em adultos jovens e em mulheres, a HAP atinge pessoas de todas as idades.

Ballet de drones

Apesar de não ter cura, a HAP possui tratamentos que podem melhorar os sintomas e a qualidade de vida do paciente, além de conter o avanço da doença. As terapias tradicionais mais usadas são a oxigenoterapia (oxigênio extra para auxiliar na respiração), e medicamentos anticoagulantes, diuréticos e/ou vasodilatadores.

Após o diagnóstico da doença, o paciente de HAP ainda enfrenta mais desafios em sua jornada de saúde - o acesso ao tratamento adequado. O Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da doença de HAP não é atualizado desde 2014, estando defasado em relação à inclusão de novos tratamentos específicos para a doença. A terapia combinada também não faz parte do Protocolo, atualmente apenas o regime em monoterapia é coberto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo da terapia combinada é trazer o paciente para o quadro de baixo risco e assim prolongar sua vida.

“É de grande importância que ao sinal de sintomas como falta de ar, fraqueza e cansaço, as pessoas busquem seu médico para obter um diagnóstico precoce e avaliem, junto ao especialista, qual o tratamento adequado para seu quadro atual e que ambos (médico e paciente) se empoderem para participarem de uma nova atualização dos tratamentos para a doença disponíveis no Brasil”, diz o Dr. Caio Fernandes.

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