Na noite desta quarta-feira (03), o canal bolsonarista Terça Livre, do jornalista Allan dos Santos, foi encerrado pelo YouTube após violar regras da plataforma. Inicialmente, o canal teria recebido advertências por ferir a “política de integridade da eleição presidencial”.
Essa regra inclui vídeos com alegações falsas sobre pessoas mortas terem votado na eleição dos Estados Unidos; falhas nas máquinas de votação que mudaram os votos e cédulas falsas. O canal, que chegou a ter 1,1 milhão de seguidores, também foi notificado por incitar "que outras pessoas cometam atos violentos contra indivíduos ou um grupo definido de pessoas".
Terça Livre burla suspensão com canal reserva
Em seu site, Allan afirmou que havia sofrido "strike" por um vídeo relacionado a “organizações criminosas violentas”. Quando um canal sofre duas advertências seguidas, como ocorreu com o Terça Livre, os donos não podem publicar vídeos ou fazer lives durante o período de uma semana. No entanto, para burlar as sanções do YouTube, o jornalista decidiu criar um canal reserva.
Em resposta, a plataforma encerrou ambos os canais. Nesta quarta-feira (03), o Terça Livre informou o ocorrido em seu site e atribuiu a decisão à campanha do “grupo de ativismo pró-censura” Sleeping Giants, que pressiona anunciantes e plataformas.
YouTube comenta o caso
O criador do canal Terça Livre, Allan dos Santos.Fonte: Jornal GGN/Reprodução
Em nota à revista Folha, o YouTube afirmou que todos os conteúdos "precisam seguir nossas diretrizes de comunidade” e que o site “se reserva o direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os próprios critérios".
A plataforma esclareceu que, se uma conta sofre penalidades, o criador não pode usar um canal secundário para evitá-las. "Essa regra se aplicará a todo o período em que a restrição estiver ativa. Consideramos a violação dela um descumprimento dos nossos Termos de Serviço, o que pode levar ao encerramento da conta", explica o YouTube.
Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Alan dos Santos é penalizado nas redes sociais. O jornalista, que é alvo de investigações da Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news, também teve sua conta no Twitter suspensa no ano passado.
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