Após ficar uma semana offline, reapareceu ontem (17), o aplicativo de mensagens Parler, o preferido dos apoiadores de Donald Trump, conservadores, teóricos da conspiração e extremistas de direita. Na mensagem inicial, o CEO do app, John Matze, publicou: "Olá, mundo, isso está ligado?".
A mensagem significa que a rede social encontrou uma nova plataforma de hospedagem online, após ter seu aplicativo suspenso da Google Play Store e da App Store, e ser expulso da Amazon Web Services (AWS) no dia 10 de janeiro, após a revelação de que o Parler havia sido utilizado na tentativa de golpe no Capitólio, nos Estados Unidos.
Alguns dos insurgentes, que ameaçaram atacar ou matar o vice-presidente americano Mike Pence e vários congressistas, receberam as falsas informações de fraude eleitoral, planejaram o evento e até postaram fotos e vídeos de si mesmos no interior do prédio do Congresso, usando o Parler.
Fonte: Parler/ReproduçãoFonte: Parler
Onde está o Parler?
Uma pesquisa feita pelo site Business Insider no protocolo de domínio Whois revelou que o Parler está hospedado no provedor Epik, famoso por hospedar conteúdos extremistas e anônimos, a ponto de ser chamado de "Banco Suíço de Domínios". No entanto, o porta-voz da Epik, Robert Davis, negou o fato.
Segundo Davis, a Epik não forneceu hospedagem ao Parler, porque tem uma política de tolerância zero com o racismo "e denuncia ativamente qualquer atividade utilizada para criar sofrimento aos outros com base na cor da pele, etnia, origem ou sistema de crenças".
Com a volta do aplicativo, muitos usuários, que estavam “escondidos” em sites de namoro como Bumble, Tinder, Hinge, OkCupid, PlentyofFish e Match, começam a retornar ao Parler, pois também foram expulsos destes aplicativos, segundo o Washington Post, após terem suas imagens expostas em vídeo.
Após abrir um processo antitruste contra a Amazon na semana passada, Matze, em sua atualização de status, está convidando “lovers e haters” para reerguer a plataforma, e planejando acolher todos de volta em breve.
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