Abandono do IPv4 não causará colapso na internet

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Uma rede com, agora sim, infinitas possibilidades?

A cada dia os endereços de internet ficam mais escassos e a inevitável mudança para o IPv6 está cada vez mais próxima. Para o ano que vem, por exemplo, mais um registro regional deve ficar sem endereços IPv4: o centro "RIPE NCC" (Réseaux IP Européens Network Coordination Centre), localizado na Europa.

A tendência é que assim como os europeus, todo o resto do mundo siga a troca, que começou a ser realizada primeiro pelo "APNIC" (Asia-Pacific Network Information Centre), uma vez que estes foram também os primeiros a ficar sem endereços IPv4 disponíveis.

E com o tempo apertado para a migração de toda a internet para o IPv6, muitos questionamentos surgem com relação ao acontecimento de um verdadeiro colapso no mundo da internet. Isso, no entanto, não deve acontecer, pelo menos de acordo com especialistas que trabalham no processo.

Segundo eles, os usuários provavelmente não terão problemas com a transição e ao que tudo indica há maneiras seguras de fazer com que os dois protocolos coexistam de maneira tranquila e sem prejudicar de nenhuma forma a navegação na internet.

Isso porque a maioria das empresas que adota o IPv6 deve fazer isso utilizando configurações chamadas de dual-stack, capazes de trabalhar com ambos os sistemas, além do NAT, que pode tornar recursos do IPv4 disponiveis para o novo protocolo e vice-versa.

Múltiplas conexões com apenas um IP

Além dos europeus, a América do Norte também deve passar por essa transição e ver os seus registros mudarem de padrão no máximo em 2013. Já no Brasil, a alteração de IPv4 para IPv6 deve acontecer a partir de 2014.

Entenda a mudança

O IPv4, sistema de protocolo de internet utilizado a mais de 30 anos, está ficando sem endereços disponíveis e a adoção do IPv6 se tornou obrigação. Isso porque os 4 bilhões de IPs permitidos por ele já não são suficientes para abrigar todo o mundo virtual.

Dessa forma, o novo formato IPv6 deve conseguir absorver toda a internet, uma vez que pode formar até 340 decilhões de combinações diferentes.

Caso queira entender melhor o assunto, confira os artigos “IPv6: o futuro da internet”, “NIC.br explica mudanças que virão na web com implantação do IPv6”, “Ipcalipse: a internet está pequena demais para nós todos” e “YouTube é o primeiro grande serviço a ingressar no IPv6”.

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