A China está atacando os rumores que surgem na internet de maneira repressiva: com propaganda, prisões e controle. Funcionários do país prenderam várias pessoas por espalhar boatos online e há um controle crescente sobre os microblogs, que agora pedem aos usuários para se registrarem com seus nomes verdadeiros e apagam contas falsas.
As informações são do jornal britânico The Guardian, que apontou um crescimento no combate aos rumores através de dois artigos publicados pelo país asiático. Em um deles, divulgado pela agência oficial de notícias Xinhua, os boatos na internet são piores para a saúde do que a heroína e a cocaína, por envenenarem o ambiente social e afetarem a ordem.
O outro artigo, publicado pelo People’s Daily Online, é intitulado como “Boatos na internet são drogas: favor resistir e ficar longe deles”. Seu texto sugere que os boatos causam danos às pessoas e à sociedade da mesma forma que as drogas.
Medo e punição
O objetivo do governo através dessas ações que vem promovendo é manter a “ordem” e deter os boatos supostamente criados por vários internautas. As autoridades estão cada vez mais preocupadas com a velocidade com que as informações podem se espalhar, em um país que tem mais de 300 milhões de pessoas cadastradas em microblogs (o Twitter é proibido de operar por lá).
As autoridades chinesas já estipularam que as pessoas que espalharem boatos poderão ser multadas em até 500 iuns (cerca de 140 reais). Criar e divulgar informações supostamente falsas são crimes puníveis com cinco anos de prisão no país.
Troca de farpas
Especialistas acusam a China de querer calar as críticas nas redes sociais e fazer com que não se acredite em nada escrito nesses sites. O país usa mecanismos para anular comentários e reprimir rumores delicados para governo. Já o artigo publicado na Xinhua acusa os usuários de inventarem escândalos sobre outras pessoas e espalharem notícias pertubaradoras, com a finalidade de provocar problemas e prejudicar a sociedade.
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