A Microsoft anunciou na última quinta-feira (25) o encerramento da plataforma de streaming de jogos Mixer. De acordo com informações, os principais motivos seriam problemas internos e condições de trabalho. O site Business Insider fez um levantamento em uma série de entrevistas com ex-funcionários e Matt Salsamendi, um dos fundadores, para esclarecer o acontecido.
A empresa foi fundada em 2016 por Salsamendi e James Boehm em uma pequena startup chamada Beam. Logo no início, o serviço oferecido se destacou por se apresentar como um concorrente da Twitch e permitir melhor interação entre streamers e suas audiências. Além disso, houve grande investimento para atrair novos talentos da plataforma da Amazon.
Essa estratégia começou a mudar em 2019, ocasião em que a Mixer pagou cerca de US$ 25 milhões para fechar acordos com os streamers Ninja e Shroud. Segundo fontes do Gamespot, o direcionamento não atingiu os resultados esperados.
Interface da plataforma em 2019 destacava o perfil de Ninja.Fonte: Wikipedia/Reprodução
"A chegada de Shroud e Ninja deveria finalmente trazer suas comunidades e ajudar a expandir a plataforma de cima para baixo. Mas isso nunca ocorreu", disse Milan Lee, ex-funcionário da Mixer, ao Business Insider.
Mesmo com esses grandes nomes, o streaming nunca atraiu o mesmo público da concorrente. Por exemplo, Ninja tem cerca de 3 milhões de seguidores no Mixer, enquanto seu perfil na Twitch — ainda inativo — tem quase 15 milhões.
Tal foco gerou uma instabilidade na companhia, o que resultou em várias falhas de serviço e outros problemas internos. No fim daquele ano, os fundadores deixaram a Mixer. Em adição, o novo comando era caracterizado por desenvolver relações de trabalho excessivas e tóxicas com os funcionários, fatores que levaram ao fim repentino das atividades da empresa, anunciado para 22 de julho.
Mixer: novos rumores detalham motivos do fim da plataforma de streaming via Voxel