Protestos e uma ação judicial de um grupo ativista ambiental conseguiu interromper temporariamente a construção de uma fábrica da Tesla nos arredores de Berlim. Conhecidos como Liga Verde de Brandemburgo, o grupo movimentou um processo contra a fabricante de veículos elétricos e impediu que mais hectares de floresta fossem cortados.
A decisão partiu do Tribunal Administrativo Superior de Berlim-Brandemburgo. A nota liminar afirma que é necessário analisar os recursos dos ambientalistas antes de autorizar a construção das “gigafábricas”. Segundo a corte, os 92 hectares de florestas seriam desmatados em até 3 dias, então emitiu-se uma ordem de suspensão para dar mais tempo para a justiça.
Autorizados pelo Ministério do Meio Ambiente alemão, a Tesla já havia iniciado a derrubada de árvores na região. Curiosamente, a companhia de Elon Musk ainda não tinha recebido autorização para construção de um prédio no local desmatado.
“Não devemos presumir que a moção que busca proteção legal trazida pela Grüne Liga não tem qualquer chance de sucesso”, diz um comunicado do tribunal. Em adição, o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha informa que reclamações contra a nova fábrica ainda podem ser feitas até o dia 5 de março. Posteriormente, a permissão dada anteriormente será reestudada.
Essa “gigafábrica” da Tesla seria a terceira construída pela montadora de veículos elétricos, que já conta com prédios na China e nos Estados Unidos. O plano original de Elon Musk era tornar a fábrica operacional já nos meados de 2021 e todo projeto foi orçado em US$ 4,3 bilhões. Inicialmente, a fábrica produziria 150 mil unidades de veículos Tesla anualmente, mas eventualmente a expandiria para 500 mil carros por ano.
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