Uma aplicativo voltado para a população LGBTQI+ foi desenvolvido pelo projeto Resistência Arco-íris da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) em colaboração com as associações Antra e ABGLT.
“Dandarah”, o nome do app, é uma homenagem à travesti Dandara Ketlyn que foi espancada e assassinada em 2017, no Ceará. As imagens do caso foram divulgadas na internet, gerando comoção e indignação em todo o país. Devido a esse tipo de violência, o projeto viu a necessidade da criação de uma plataforma que desse suporte à comunidade.
A ideia do app é agregar informações úteis, que os próprios usuários podem inserir, como delegacias e serviços de apoio mais próximos, além de locais seguros para a população e pontos onde já foram registradas situações problemáticas.
“Queremos que o app Dandarah seja uma fonte de informação para a comunidade LGBTI. Vamos geolocalizar locais seguros para essas pessoas e o cadastro desses ambientes será feito pelos próprios usuários.”, explica a especialista em saúde digital e idealizadora do app, Angélica Baptista, ao Portal Fio Cruz.
A pesquisadora afirmou que as informações trocadas no Dandarah serão compiladas em uma nuvem de dados para que especialistas poderão analisar, já que o governo ainda não possui dados consistentes sobre minorias sociais. “O app é um dos produtos finais do projeto Resistência Arco-Íris, que captou R$ 500 mil.”, declarou a pesquisadora do projeto Bruna Benevides fazendo referência a uma emenda parlamentar.
Botão de pânico
Devido aos altos índices de violência contra pessoas LGBTQI+, Dandarah conta com um botão de pânico que, quando acionado, envia mensagens para 5 pessoas previamente selecionadas notificando que o usuário se encontra em uma situação de risco.
O app, sem fins lucrativos, está disponível somente na Google Play e em breve será lançado na App Store. O que achou dessa iniciativa? Dê sua opinião nos comentários!
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