Segundo o Streaming Observer, a Netflix reduziu seu catálogo de filmes para 40% nos últimos cinco anos. Somente nos EUA, isso representa inicialmente 6,49 mil títulos em 2014, que caíram para 4,33 mil, em 2016, até chegar a 3,84 mil, em 2019. Porém, no Brasil a realidade deve ser ainda mais complicada, devido ao número de produções disponibilizadas aqui.
Conforme um levantamento da Folha de S. Paulo, a versão nacional do serviço de streaming tem cerca 30% menos filmes e séries se comparada à norte-americana (6 mil contra 4,15 mil). Ainda assim, o Brasil não tem a menor biblioteca mundial na plataforma, pois o país está inclusive à frente de potências europeias, como França e Alemanha.
A explicação para essa mudança, de acordo com o Streaming Observer, pode estar no aumento da concorrência no segmento nesse período. Afinal, a Netflix reinou sozinha por um bom tempo, mas depois surgiram alternativas iniciais (algumas até mais baratas), como Amazon Prime Video, Hulu (não disponível no Brasil) e HBO GO, além da recém-lançada Disney + (EUA, Canadá e parte da Europa).
Outra questão relevante aqui é o considerável investimento da Netflix em um volume cada vez maior de conteúdos originais, com lançamentos constantes entre filmes e séries. Assim, para sustentar esse custo, a companhia aumentou o valor de sua mensalidade em 2019. Esse conjunto de fatores tem se refletido nos negócios da plataforma, que está perdendo assinantes, como indicamos aqui.