Em meio a tanta polêmica sobre a interferência de redes sociais e suas responsáveis em resultados nas urnas, o Twitter retira sua ferramenta de propagandas para políticos.
O CEO da rede social, Jack Dorsey, revelou a nova postura da companhia sobre campanhas políticas. “Nós decidimos parar todas as propagandas políticas no Twitter mundialmente. Nós acreditamos que o alcance dessas mensagens deve ser conquistado, não comprado.”, afirmou num tweet na última quarta-feira.
We’ve made the decision to stop all political advertising on Twitter globally. We believe political message reach should be earned, not bought. Why? A few reasons…??
— jack ?????? (@jack) 30 de outubro de 2019
Em uma série de tweets, Dorsey detalhou quais serão as novas proibições e disse que entrarão em vigor no dia 22 de novembro. Apesar de não permitir publicações políticas, o Twitter ainda permitirá a presença de campanhas a favor do voto e do encorajamento de eleitores.
Com os pronunciamentos, as ações do Twitter caíram 3,5% nas horas seguintes. Isso provavelmente deve refletir a rejeição de investidores à postura do CEO, considerando que o Facebook optou por não interferir neste aspecto e prefere não vetar propagandas eleitorais.
Contrastando com as falas de Mark Zuckerberg, o CEO do Twitter completa: “Isso não é sobre liberdade de expressão. Isso é pagar para ter mais alcance. Pagar para ter mais alcance de um discurso político tem milhares de ramificações e as estruturas democráticas atuais não estão preparadas para lidar com isso.”.
Essa postura mais aberta e transparente não teve início no último pronunciamento. O Twitter também optou por barrar quaisquer veículo de notícias controlado por governos, decisão tomada logo após os primeiros impactos das manifestações de Hong-Kong na China.
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