Quatro adolescentes (Joshua Shaffer, Seth Taylor, Matthew Lipp e Tyler Curtiss), alunos de uma escola em Maryland, nos Estados Unidos, foram condenados por vandalismo e crimes de ódio. A administração da escola os identificou porque seus celulares se conectaram à rede do campus na hora em que o grupo pichava a escola com palavras e símbolos racistas, homofóbicos e antissemitas poucos dias antes da formatura do ensino médio.
Ao chegar a Glenelg High pela manhã, o diretor David Burton (que é negro) viu suásticas, desenhos de pênis e as letras KKK (alusão ao grupo racista e supremacista branco Ku Klux Klan), além de palavrões ao lado de "judeus", "bichas", "pretos" e, por fim, "Burton".
(Fonte: The Washington Post/Will Newton)
Entregues pelo WiFi
A identificação dos responsáveis foi rápida: para usar a rede WiFi da escola, é preciso fazer login apenas uma vez; depois, os celulares se conectam automaticamente sempre que os aparelhos estiverem no campus. Esconder o rosto sob as camisetas para fugir das câmeras de segurança mostrou-se inútil, pois os smartphones dos quatro adolescentes foram registrados na conexão da escola às 23h35 de 23 de maio de 2018 — a noite em que os crimes ocorreram.
Usando tinta spray por todo o prédio, o grupo fez mais de 100 pichações. Apesar de alegarem ser apenas "uma brincadeira", os adolescentes foram acusados e condenados por praticarem vandalismo e crimes de ódio. Beneficiados com a liberdade condicional, eles foram sentenciados à prestação de serviço comunitário, além de passarem os fins de semana na prisão. As penas variaram de 2 meses e meio a 4 meses e meio; mesmo assim, nenhum dos adolescentes a cumpriu integralmente.
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