O YouTube está mudando suas diretrizes para proibir vídeos que disseminem a discriminação contra pessoas com base em características como idade, identidade de gênero, sexo, raça, grupo social e religião. As mudanças foram anunciadas hoje (05) e devem causar a exclusão de milhares de canais que promovem supremacia de alguma ordem.
Em um post que anuncia as alterações, o YouTube enfatiza que estas fazem parte de sua responsabilidade: "A abertura da plataforma do YouTube ajudou a criatividade e o acesso à informação a prosperarem. É nossa responsabilidade proteger isso e impedir que nossa plataforma seja usada para incitar o ódio, o assédio, a discriminação e a violência".
Moderação de conteúdo
O YouTube monitorará e executará suas novas diretrizes de três formas. A primeira consiste em proibir conteúdos que defendam e exponham supremacistas, como vídeos com ideologia nazista e outras atividades extremistas. Vídeos que incentivam a segregação de castas também serão banidos.
A segunda diz respeito à diminuição de recomendações para vídeos que promovam a desinformação, como curas milagrosas. A medida vem sendo executada de modo mais tímido desde janeiro e já ajudou a diminuir em 50% as visualizações de materiais com esse tipo de conteúdo.
Por fim, o YouTube restringirá a geração de receitas de canais que firam a política da empresa e que disseminem discursos de ódio.
Controvérsia
Na contramão do que anunciou, o YouTube está envolvido em uma polêmica com o jornalista e apresentador Carlos Maza, que diz estar sendo alvo de ataques de um youtuber de extrema-direita por conta de sua etnia e orientação sexual. Quando apresentou as denúncias, Maza obteve como resposta do site que os materiais foram analisados e a empresa não encontrou "linguagem claramente ofensiva" e que "os vídeos postados não violam nossas políticas."
(2/4) Our teams spent the last few days conducting an in-depth review of the videos flagged to us, and while we found language that was clearly hurtful, the videos as posted don’t violate our policies. We’ve included more info below to explain this decision:
— TeamYouTube (@TeamYouTube) 4 de junho de 2019
A nova política entra em vigor hoje (05) e o YouTube afirma que aumentará as fiscalizações nos próximos dias, de acordo com o The Verge.
Fontes