No dia 19 de março, a Google anunciou seu serviço de jogos por streaming, o Stadia. Através dele, gamers de todo o mundo poderão jogar os títulos mais populares usando praticamente qualquer dispositivo com acesso à internet, desde que tenham um joystick dedicado e, é claro, uma conexão que atenda às exigências da plataforma.
A princípio, a notícia foi muito bem recebida aqui no Brasil. Afinal, grande parte dos gamers brasileiros não pode investir pesado em hardware ou títulos AAA no lançamento. No entanto, logo em seguida bateu a dúvida: será que a internet brasileira está preparada para suportar o Stadia de forma satisfatória?
Cabos submarinos de baixa latência
Desde 2017, a Angola Cables mantém um cabo submarino de alta capacidade de transferência de dados e baixa latência que liga a América do Sul à África, mais precisamente as cidades de Fortaleza, no Ceará, e Luanda, em Angola. Esse cabo tem capacidade de transmissão de 40 TB por segundo e latência de 65 ms entre os dois pontos.
Fonte: Angola Cables
Outro cabo em operação desde 2017 que a companhia ajudou na implantação é o Monet. Ele é mantido em parceria com outras empresas e interliga as cidades de Santos, Fortaleza e Miami, com uma extensão de 10 mil km e capacidade de transmissão de 60 Tbps.
Como os cabos submarinos podem beneficiar os jogadores brasileiros?
A alta capacidade de transmissão de dados aliada à baixa latência dos cabos submarinos melhora a experiência de todas as atividades relacionadas à internet, principalmente streaming de conteúdo. Por isso, plataformas como o Stadia são diretamente impactadas de modo positivo.
Os jogadores brasileiros poderão competir em pé de igualdade contra adversários de outras partes do mundo, tirando proveito de jogos com melhor qualidade de som e imagem, maior taxa de FPS, comandos mais responsivos e menor tempo de espera no carregamento de conteúdos.
Além dos jogadores, os desenvolvedores e produtores de jogos são beneficiados, uma vez que a estrutura em torno dos cabos submarinos é uma opção, com tecnologia de ponta, para o armazenamento e a distribuição dos títulos criados.