O imbróglio dos vazamentos de dados pessoais de usuários da Yahoo ocorridos entre 2013 e 2016 pode estar próximo de um desfecho. Isso porque um novo acordo foi proposto no qual a companhia teria que desembolsar US$ 117,5 milhões para reparar as vítimas e bancar as custas do processo.
A ação coletiva teve um novo capítulo nesta terça (9) e este acordo proposto depende da aprovação da juíza distrital Lucy Koh, da Califórnia, que já rejeitou um acordo neste caso no início do ano. Na ocasião, a empresa havia se oferecido para pagar US$ 50 milhões em reparação, o que não foi considerado “fundamentalmente justo, adequado e razoável” pela autoridade.
A explicação dada pela juíza à época citava a falta de detalhamento de quais valores seriam pagos às vítimas e às custas processuais, por exemplo. Agora, a Yahoo detalha esse aspecto e cita o pagamento de pelo menos US$ 55 milhões às vítimas por despesas correntes e outros custos, US$ 25 milhões para cobrir dois anos de monitoramento de crédito, US$ 30 milhões para pagamento de custas legais e outros US$ 8,5 milhões para “outras despesas”.
Segundo a Reuters, esse acordo diz respeito a 849 milhões de contas pertencentes a 194 milhões de pessoas dos Estados Unidos e de Israel. Atualmente, a Yahoo pertence à operadora de telefonia Verizon, que se comprometeu a investir US$ 306 milhões em segurança da informação até 2022.
“O acordo demonstra o nosso forte compromisso com a segurança”, declarou a companhia em nota.
Relembre o caso
A Yahoo foi alvo de diversos ataques hacker entre 2013 e 2016, mas foi acusada de demorar para revelar a existência desses vazamentos, prejudicando os seus usuários de forma silenciosa. Além disso, o desenrolar das descobertas concluiu que todas as 3 bilhões de contas do Yahoo foram atingidas pelas falhas de segurança. Desde então, a empresa vem sendo processada por clientes que se sentiram prejudicados.
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