O artista plástico japonês, Keisuke Aiso, criador da obra que ficou conhecida como “Momo”, revelou ao The Sun que se desfez de sua arte.
Em 2018, surgiu uma lenda (provavelmente no Facebook) sobre uma suposta corrente estar se espalhando através do Whatsapp, onde a imagem de um rosto feminino, com aparência extremamente perturbadora, era acompanhada de mensagens que instruíam crianças a se mutilar e a machucar outras crianças. A corrente ficou conhecida como “Desafio da Momo”.
O rosto feminino contido na imagem pertencia a uma escultura feita pelo artista japonês Keisuke Aiso, e que foi exposta na galeria Vanilla, em Tóquio, em 2016. A arte, originalmente batizada de “Mother Bird” (“mãe pássaro”, em português), foi criada inspirada pela lenda japonesa de Ubume, uma mulher que morre durante o parto e retorna com a aparência transformada, para atormentar os vivos.
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Em vários lugares, a mídia, as polícias locais, além de pessoas públicas, alertaram os pais a respeito do tal desafio da Momo, mas a verdade é que ninguém jamais conseguiu provar que ele realmente existiu e a personagem acabou se tornando um meme mundial.
O retorno da Momo
Recentemente, o assunto voltou à tona no Reino Unido. Desta vez, a Momo teria sido escondida em vídeos destinados ao público infantil postados no YouTube, que já se pronunciou, afirmando que não há indícios de que o conteúdo exista em sua plataforma.
Aiso disse que a escultura foi criada para assustar as pessoas, mas nunca imaginou que ela seria usava para causar o mal, muito menos entre as crianças. Ele também afirmou ao The Sun que chegou a receber ameaças de pessoas que achavam que ele era o responsável por ter criado o desafio da Momo.
De acordo com Aiso, a escultura foi se deteriorando com o passar do tempo e ficou ainda mais horripilante do que quando foi exposta pela primeira vez. Como ele não a criou para ser uma obra eterna, acabou destruindo-a e jogando-a fora. Restou apenas um dos olhos da escultura, que será aproveitado em outra criação de Aiso.