O Brasil vai ganhar mais um cabo submarino para se conectar com outros continentes via web. Atualmente, o país conta com um backbone direto para a Europa que é muito limitado, com capacidade de transmissão de apenas 20 GB/s. Agora, segundo a Agência Brasil, o novo caminho de fibra ótica aumentará consideravelmente as comunicações telefônicas, imagens e demais conteúdos para 40 TB/s.
Esse é um salto enorme para falarmos diretamente com o Velho Mundo, pois atualmente, em decorrência da deficiência na troca de dados, somos obrigados a utilizar caminhos mais longos — passando primeiro pelos Estados Unidos, que servem como um hub central de armazenamento e distribuição de nossas informações.
Assim, além de uma conexão sem “parada” no meio do trajeto, a novidade deve agilizar muito e reduzir bastante os custos de transmissão — e, sem intermediários, todo o processo também fica mais seguro. Os principais beneficiados, em um primeiro momento, são as redes de institutos de pesquisas e universidade do Brasil e do exterior. As operadoras podem ser beneficiadas, desde que demonstrem interesse em ampliar suas infraestruturas.
Mapa-múndi dos cabos marítimos. Fonte: Submarine Cable Map
A União Europeia já disponibilizou US$ 30 milhões para o início da implantação do projeto e não há previsão de valor total porque depende de um detalhamento que vem sendo analisado por um consórcio de empresas, que inclui a brasileira Telebras. Ao final, um conjunto internacional de bancos vai financiar toda a operação — em uma data que ainda está em aberto.