Faça um simples teste: digite a palavra “idiota” ou “idiot” no Google na aba de imagens. Você provavelmente terá como retorno imagens do presidente dos Estados Unidos. Quem não gosta nada disso é o próprio Donald Trump e outros parlamentares que acreditam haver um “filtro” para que o buscador da companhia de Mountain View traga resultados intencionais.
Pegamos a palavra-chave, combinamos com suas páginas e as classificamos com base em mais de 200 sinais, explica Pichai
Essa questão entrou em pauta ontem (11), durante a presença do CEO da Google, Sundar Pichai, em audiência sobre transparência e responsabilidade de dados na assembléia de representantes do Comitê Judiciário. Zoe Logren, democrata da Califórnia, descarta a manipulação política na plataforma e, para dar a oportunidade para a empresa falar a respeito, questionou a razão de Trump aparecer quando ela digita “idiota” no Google Imagens.
“Sempre que você digita uma palavra-chave, como Google, nós rastreamos e armazenamos cópias de bilhões de páginas (de websites) em nosso índice. Pegamos a palavra-chave, combinamos com suas páginas e as classificamos com base em mais de 200 sinais — coisas como relevância, frescor, popularidade, como outras pessoas estão usando”, detalhou Pichai.
Fonte: Google
“Com base nisso, a qualquer momento, tentamos classificar e encontrar os melhores resultados de pesquisa para essa consulta. Então, fazemos uma análise com avaliadores externos e eles os examinam para diretrizes objetivas. E é assim que garantimos que o processo está funcionando.”
Em seguida, Zoe perguntou, de forma sarcástica: "então não é um homenzinho sentado atrás da cortina tentando descobrir o que vamos mostrar ao usuário?". Pichai afirmou que “isso está funcionando em grande escala e não intervimos manualmente em nenhum resultado de pesquisa específico”.
Trump vem criticando a Google sobre resultados há algum tempo
Bem, se você vem acompanhando esse assunto por aqui, sabe que Trump vem pegando no pé da Google de forma mais intensa desde agosto, quando ele postou no Twitter sua desconfiança com relação aos resultados no buscador.
Fonte: House of Representatives Judiciary Committee
A pergunta de Zoe veio depois de uma longa exposição do deputado republicano Lamar Smith (Texas), que alegou ter evidências "irrefutáveis" do Google controlar resultados de pesquisa a respeito de itens conservadores e que contestam seu sistema de relevância — isso incluiria um projeto de pesquisa do crítico Robert Epstein, autor de um estudo controverso sobre tendências políticas nas buscas da plataforma.
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