A administração de Donald Trump nos Estados Unidos tem um viés claramente conservador e parte disso se exprime em uma espécie de cruzada contra a comunidade LGBT+. Depois de proibir o ingresso de transexuais nas Forças Armadas do país, Trump, por meio do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla original) pretende acabar com o reconhecimento de pessoas trans, conforme revelou o New York Times no último dia 21.
A ideia do presidente dos Estados Unidos, porém, encontra resistência em parte da sociedade. O mais novo grupo a se posicionar de forma contrária à política de negação de transexuais de Trump é composto por algumas das maiores empresas do mundo nos setores de tecnologia, serviços financeiros e produtos para o consumidor.
Nomes como Adobe, Airbnb, Amazon, Apple, Facebook, Google, IBM, Intel, LinkedIn, Microsoft, Twitter e Uber são apenas algumas das mais de 50 companhias que assinam uma carta aberta em defesa dos direitos de transexuais. No documento, eles se posicionam contra qualquer mudança que coloque em xeque os direitos e a dignidade das pessoas transgênero.
Ao lado dos transgêneros
“Nós, as empresas abaixo assinadas, ficamos ao lado de milhões de pessoas nos Estados Unidos que se identificam como transgênero, gênero não binário ou intersexual e clamamos para que todas essas pessoas sejam tratadas com o respeito e a dignidade merecidos por todos”, escrevem as companhias.
“Nos opomos a quaisquer esforços administrativos e legislativos para eliminar as proteções a transgêneros por meio da reinterpretação de leis e regulamentações existentes”, prosseguem.
O grupo destaca, ainda, os avanços alcançados nas últimas duas décadas por meio de decisões judiciais favoráveis a transexuais.
“Ciente do crescente consenso médico e científico, as cortes reconheceram que as políticas que forçam as pessoas para definições binárias do gênero determinado pela anatomia de nascença falham em refletir as realidades complexas da identidade de gênero e da biologia humana”, defendem as empresas.
“Pessoas transgênero são os nossos amados familiares e amigos e membros valorosos de nossas equipes. O que faz mal às pessoas transgênero faz mal às nossas companhias”, finaliza o grupo que, junto, emprega quase 4,8 milhões de pessoas e têm uma receita anual de US$ 2,4 trilhões.
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