O YouTube é um espaço amplo e democrático no qual é possível encontrar conteúdos sobre esportes, humor saudável, cultura e muito mais. Mas também há uma imensa quantidade de bobagens por lá, desde banheiras de Nutella, adultos se comportando como crianças e, acredite, pegadinhas com laxantes.
E o último caso vem se tornando uma mania no YouTube em várias partes do mundo, inclusive por aqui. Uma pesquisa rápida por “laxante” na plataforma de vídeos da Google mostra que há uma série de publicações recentes na qual youtubers “pregam peças” em amigos e familiares com esses remédios que estimulam a, bem, você sabe o que.
Segundo o site estadunidense Babe, a mania explodiu ao longo do último ano no site de vídeos mais usado do mundo. Em todos os casos, os criadores de conteúdo relatam que a vítima da “brincadeira” tomou a bebida sem saber que havia laxante ali misturado, tornando a situação toda ainda mais sem noção.
Pegadinhas com laxante vem se tornando moda também no YouTube brasileiro.
Nos últimos dias, ganhou destaque o vídeo do canal CJ SO COOL, de Cordero James Brady, em que o pai dá sorvete com laxante para os seus filhos. A publicação em questão foi retirada do ar, mas o canal em questão é conhecido e reuniu 5,6 milhões de assinantes justamente por expor as crianças a situações nada amistosas, como ameaçar jogar uma caixa de som na piscina enquanto eles brincam na água.
Pode ser tudo fake? Sim, nunca se deve descartar essa possibilidade e é bem provável que essa seria a desculpa dada por muitos youtubers quando confrontados de forma séria a respeito de suas atitudes diante das câmeras — vale lembrar o caso recente do youtuber Everson Zoio. Mas esses vídeos dialogam com muita gente e, falsos ou não, podem inspirar outros a fazerem o mesmo na tentativa de emplacar um sucesso no YouTube.
Do ponto de vista da saúde, o órgão responsável pela regulamentação de medicamentos e alimentos dos Estados Unidos, a FDA, informa que o consumo em excesso de laxativos pode resultar em desidratação severa, falência dos rins e, em último caso, morte. Ou seja, “batizar” a bebida de alguém com esse tipo de substância passa longe de ser uma brincadeira inocente.