Bem, ao que parece, as multas bilionárias impostas pela União Europeia à Google, sob acusação de monopólio e competição desleal no mercado, não surtiram assim grande efeito na política interna da companhia. Muitos usuários podem achar que o navegador da empresa de Mountain View, o Chrome, é uma maravilha para rodar o YouTube, quando comparado com os maiores concorrentes, o Microsoft Edge e o Mozilla Firefox. Mas… isso seria apenas resultado de uma “maquiagem” realizada pela Gigante das Buscas.
De acordo com uma dica encontrada pelo pessoal do MS Power User no Reddit, a plataforma de streaming estaria funcionando até cinco vezes mais devagar no Edge e no Firefox. O Gerente Técnico de Programa da Mozilla, Chris Peterson, confirma a "sabotagem". Ele diz que a Google vem utilizando um Polymer (biblioteca de JavaScript) redesenhado que só funciona de forma otimizada com o Chrome. Como resultado, o tempo de carregamento fica na proporção de 5 segundos para 1 segundo na comparação entre os browsers.
Essa “tática” vem sendo duramente criticada, principalmente porque a Google provavelmente testou o redesign do Polymer no YouTube com o Edge e o Firefox. Ou seja, a companhia deve estar bem ciente de que isso acontece.
YouTube page load is 5x slower in Firefox and Edge than in Chrome because YouTube's Polymer redesign relies on the deprecated Shadow DOM v0 API only implemented in Chrome. You can restore YouTube's faster pre-Polymer design with this Firefox extension: https://t.co/F5uEn3iMLR
— Chris Peterson (@cpeterso) 24 de julho de 2018
Como solução, usuários do Reddit vêm apontando para uma extensão do Firefox, chamada de YouTube Classic. O complemento desativa a nova versão.
Já quem prefere o Edge, pode fazer o seguinte:
- Abra o YouTube.com
- Abra o Modo de Desenvolvedor com o F12
- Clique na aba de Aplicações
- Clique em Cookies e selecione youtube.com
- Uma tabela deve aparecer, encontre a coluna “Nome” e a fileira “PREF” e cole o seguinte na caixa de valores: al=en&f5=30030&f6=8
- Em seguida, é só recarregar a página do YouTube e visualizar a interface anterior
Bem, como a projeção é de o Chrome alcançar 80% do mercado de navegadores até 2023, pode ser que mais uma multa antitruste esteja a caminho, caso a Google não mude sua postura perante a concorrência.
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