Ainda sem previsão de estreia na Netflix, os filmes “Girl”, do diretor francês Lukas Dhont, e “Happy as Lazzaro”, filme italiano de Alice Rohrwacher, ambos vencedores em Cannes, farão parte do catálogo da plataforma. Eles estarão disponíveis para o público das Américas Latina e do Norte.
O longa-metragem da Bélgica conta a história de Lara, uma menina trans de 15 anos, que sonha ser bailarina. Ele recebeu o Caméra d’Or, destinado a diretores estreantes, e o Queer Palm, prêmio LGBT independente para filmes relevantes inscritos no festival.
Já “Happy as Lazzaro” conta a história do encontro entre o camponês Lazzaro, considerado ingênuo por sua bondade excessiva, e Tancredi, um jovem nobre amaldiçoado por sua imaginação. O filme levou o prêmio de Melhor Roteiro.
A opção por adquirir direitos de vencedores de Cannes em vez de participar do festival com suas produções originais é uma forma de lidar com a imposição colocada pelas novas regras. A organização teria exigido que a Netflix lançasse seus filmes nos cinemas franceses para se qualificar, mas isso impediria a plataforma de transmitir essas obras no país por 3 anos.
Ted Sarandos, produtor executivo da plataforma, declarou que é mais interessante exibir seus filmes online, para os milhões de assinantes franceses, do que para um júri restrito.
O posicionamento da Netflix em relação às regras do festival sugere que Cannes talvez esteja naquele lugar indesejado da história, quando elementos já estabelecidos começam a ser inundados por inovação, sinalizando o fim de uma era e o início de um novo tempo.
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