De acordo com a International Telecommunications Union (ITU), que assumiu o compromisso de levar a internet para todos no planeta, atualmente são 2,6 bilhões de pessoas que não podem assinar um serviço de provedor de web e 3,8 bilhões simplesmente não possuem acesso. Projetos como o Loon, da Google, que usa balões, e o Aquila, do Facebook, que utiliza naves alimentadas por energia solar, já vêm tentando diminuir esses números. E a Microsoft entra na jogada propondo os já existentes aviões comerciais e suas rotas como mais uma proposta de solução para a questão.
Conectividade seria intermitente, mais adequada para as mensagens instantâneas e e-mail
“Propomos uma alternativa mais econômica, a que nos referimos como Wi-Fly, que aproveita os aviões comerciais existentes para fornecer conectividade com a internet para regiões remotas. Na Wi-Fly, habilitamos a comunicação entre um dispositivo WiFi leve em aviões comerciais e estações terrestres, resultando em acesso em regiões que, de outra forma, não possuem ligação com a web de baixo custo”, justifica a Gigante de Redmond, em comunicado oficial.
Assim, eles usariam o espectro WiFi livre de licença e os roteadores que já atravessam os céus para se comunicar com repetidores no chão. Com isso, acreditam que podem oferecer um mínimo de rede a baixo custo para 80% da população da África.
Até agora, foram feitos alguns testes com dois aviões o desempenho tem sido bom. Eles observam que a conectividade seria intermitente e seria mais adequada para a comunicação tolerante à latência, como mensagens instantâneas e e-mail. Essa performance, poderia ser melhorada com o aumento de voos e rotas, já que atualmente é possível chegar até 10 mil veículos no ar, simultaneamente.
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