A grande mina de ouro para os serviços de streaming são os dados dos usuários, sejam aqueles que foram coletados por meio de seu comportamento na plataforma ou os que são enviados de maneira espontânea — afinal é disso que os algoritmos se alimentam para fornecer uma experiência personalizada. E o Spotify lança nesta terça-feira (12) uma ferramenta que usa as respostas do próprio ouvintes para definir melhor seus vários subgêneros musicais.
“Ao usar essa ferramenta, esperamos entender melhor como o ouvintes do Spotify interpretam a música, para que possamos melhorar a experiência para os consumidores e artistas. Algumas das categorias de dados que os usuários são convidados a fazer sugestões incluem: nível de explicitação, gênero, parcerias, idiomas, humor, tags, influência de artistas e URLs externos”, explica a companhia, em comunicado.
O Line-In pode ser acessado somente na versão desktop, por meio dos três pontinhos ao lado do artista, do álbum ou da faixa, na opção “Suggest an Edit” (“Sugerir uma edição”). Em muitas versões essa alternativa ainda não foi distribuída, mas o recurso também pode ser utilizado diretamente no link.
Ao abrir, você vai ver um “perfil de contribuição”, que inclui o número de vezes que você ajudou com suas respostas, assim como as pesquisas recentes que respondeu, entre outras coisas. O sistema de web 2.0 de interação colaborativa, nos moldes “Wikipedia”, pode ser uma boa maneira dos fãs ajudarem a companhia a acertar as preferências com mais “tons” de descrição.
Vale destacar que em 2014 o Spotify adquiriu o provedor de metadados musicais The Echo Nest por cerca de US$ 100 milhões e revelou recentemente, de acordo com a Variety, um acúmulo total de 200 petabytes de informações em seus servidores — desses, 5 petabytes são consultados todos os dias. Ou seja, o Line-In é também muito útil para a própria empresa aumentar seu banco de dados sem ter que pagar ou varrer registros para isso.