O diretor da GSMA para a América Latina, Sebástian Cabello, afirmou durante o Mobile World Congress (MCW) que a internet móvel de quinta geração (5G) só deve chegar mesmo ao Brasil em 2025. A notícia desanimou quem esperava conexão mais rápida para os próximos anos, principalmente com a crescente oferta de serviços de streaming e a chegada de mais gadgets relacionados à Internet das Coisas e às realidades aumentada e virtual. Eis que surge uma luz no fim do túnel: a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disse que pretende licitar no próximo ano a frequência de 3,5 GHz, propícia para receber a nova tecnologia, como forma de acelerar o processo.
“O Brasil saiu bem atrasado na 3G e na 4G conseguiu lançar o serviço praticamente junto com os demais países. Com a 5G podemos fazer o mesmo”, comentou o conselheiro da Anatel, Leonardo de Morais, durante participação com a delegação brasileira no MWC 2018, em Barcelona. As informações são do Telesíntese.
Para conseguir disponibilizar o 5G em tal frequência, contudo, há acima de tudo, uma questão técnica. A faixa é atualmente ocupada por receptores de TV aberta via satélite, na chamada “banda C estendida”. Para impedir a interferências entre os serviços seria necessária a colocação de filtros, estariam entre as exigências nas licitações e nos contratos com as operadoras de celular.
Havia uma outra possibilidade, a de comercializar a frequência 28 MHz, que deve ser colocada à disposição pela Comissão Federal de Comunicações (Federal Communications Commission — FCC) e também será utilizada Coreia do Sul e por países da Europa. Porém, a Anatel já reservou 500 MHz desse espectro para os serviços de satélite.
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