Desde 2014, está em vigor nos países da União Europeia uma lei que garante aos cidadãos da região o chamado “direito ao esquecimento”, ou seja, o direito de que solicitem a remoção de informações suas junto aos motores de busca. A Google, dona do maior buscador da internet no mundo, já recebeu milhares de “pedidos de esquecimento” desde então.
Segundo o relatório de transparência mantido pela companhia, foram mais de 655 mil solicitações feitas por cidadãos europeus desde 29 de maio de 2014, com tudo isso se traduzindo na solicitação de remoção de mais de 2,4 milhões de URLs. Ao todo, porém, apenas 43,3% dos links foram retirados dos resultados de busca, com 56,7% deles ainda permanecendo lá.
O relatório mostra ainda que 88,7% das solicitações de esquecimento são feitas por pessoas não públicas. Além disso, em janeiro de 2018, 1% dos solicitantes representava cerca de 20% do total de pedidos de remoção de URLs. As categorias dos sites que são alvos das solicitações também divergem bastante — são elas: diverso (49,2%), diretório (19,1%), notícias (17,6%) e mídia social (11,6%).
Mais explicações
De acordo com a companhia, cada pedido é analisado de forma individual e com base nas diretrizes do Grupo de Trabalho do Artigo 29, o tópico da legislação europeia que trata da proteção de dados. “Após o envio por meio do nosso formulário da Web, as solicitações passam por uma revisão manual. Ao chegarmos a uma decisão, enviaremos um e-mail com a notificação do resultado”, explica a companhia. “Se o conteúdo não for removido, forneceremos uma breve explicação.”
A gigante de Mountain View informa ainda que soluções alternativas, motivos técnicos e URLs duplicadas são algumas das razões pelas quais um conteúdo não é removido. “Também podemos determinar que a página tem informações de grande interesse público”, explica a Google, ressaltando também a complexidade de se determinar o interesse público em torno de uma publicação.
Para maiores informações, confira na íntegra o relatório de transparência da Google.
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