Um estudo de preços da internet móvel pelo mundo realizado pela Teleco, solicitado pela Telebrasil, apontou que a internet móvel brasileira está entre as mais baratas do mundo, quando considerado uma lista com 18 países de diferentes regiões do mundo. A pesquisa da Teleco fez várias comparações, mas levou em consideração apenas os preços das operadoras líderes em market share em suas regiões.
Com isso, o Brasil ficou na 4ª colocação no ranking dos países com a internet móvel pré-paga mais barata do mundo. No mesmo estudo realizado em 2016, nosso país tinha ficado na 7ª colocação. Nessa comparação direta, somente os preços da Rússia, da China e da Índia são mais interessantes.
No caso da internet pós-paga para aparelhos móveis, o preço desse serviço no Brasil é o 5º mais barato do mundo de acordo com o estudo. No ano passado, o país tinha ficado em 8º lugar nessa mesma comparação. Apenas Índia, Rússia, China e Portugal possuem serviços mais em conta, mas vale considerar que a presença de Portugal nessa lista é provavelmente devida a total falta de neutralidade da rede no mercado de internet por lá. Conheça a situação.
Para fazer essa avaliação, a pesquisa considerou uma cesta de serviços de 500 MB por mês tanto no âmbito pré-pago quanto no pós-pago. Planos de consumo diário não foram considerados e todos os dados foram colhidos nos sites das operadoras desses países na primeira quinzena de outubro deste ano.
O mesmo estudo ainda revelou que 43,2% do preço total dos planos de internet móvel no Brasil é referente a impostos, a maior taxa disparada na comparação com os demais países pesquisados. A Argentina é que chega mais perto, 26,2% do valor total derivado de impostos. A China é que menos cobra imposto em telecomunicações, apenas 3,0% do total do valor.
É curioso notar que, em todas as comparações, a internet móvel dos EUA é a primeira ou a segunda mais cara. Outro fato a ser levado em consideração é a seleção de países do estudo, que descarta nações com grande quantidade de usuários de internet móvel no mundo, tais como Alemanha, Canadá e África do Sul. Alguns países como Turquia e Indonésia, com economias similares à do Brasil, também não aparecem na contagem. O outro fator a ser considerado é que o estudo foi solicitado pela Telebrasil, a associação brasileira das empresas de telecomunicação.
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