No Brasil, tudo começou com o Orkut. Apesar de, anteriormente, existem serviços de fotos — Fotologs, "Flogão" etc —, podemos dizer que ele foi a primeira rede social de peso no país. De lá para cá, Twitter, Facebook, Instagram, Snapchat, Tumblr, Vine e dezenas de outros sites forma comunidades gigantescas de usuários. Apesar de os benefícios das redes sociais serem numerosos, como a facilidade de contato e troca de informações, elas também podem afetar negativamente a vida real de muitos usuários.
Caso você não saiba, os efeitos negativos da internet já fazem parte do quadro de doenças contemporâneas e estão cada vez mais frequentes nos consultórios médicos. Quem comentou sobre isso foi a psicóloga do Hospital e Maternidade São Cristóvão (SP), Aline Melo, indicando que os principais problemas por conta do uso exagerado da internet são o afastamento social, alienação, isolamento e depressão. “As pessoas estão usando a internet como uma válvula de escape para distúrbios de personalidade e, até mesmo, para tentar fugir dos problemas da vida real”, disse Melo.
O usuário de internet abandona a família e amigos? Alerta vermelho
De acordo com a psicóloga, é preciso cuidado, moderação e saber avaliar se o tempo que o usuário está dedicando ao mundo online afeta a execução das atividades no mundo real. Isso porque ele pode "perder a noção do tempo e deixar de fazer outras coisas, como ser mais presente entre amigos e família".
“Percebe-se o vício quando a pessoa deixa de fazer outras coisas para estar conectada à internet, jogando online ou checando mensagens”, atesta Melo.
Caso o vício na internet/redes sociais seja identificado como patológico, ele pode ter tanto poder quanto o vício da bebida e das drogas: “É uma doença que precisa ser diagnosticada e tratada o quanto antes, porque o prolongamento da situação acarreta problemas de saúde, psicológicos e sociais ao indivíduo, além de afetar a todos que convivem com ele, prejudicando seriamente suas relações interpessoais. Ao ter consciência de que você ou outras pessoas não estão mais conseguindo controlar esse tipo de comportamento, busque orientação médica”, explicou Aline Melo.
Categorias