Um programador que se autointitula Tom7 criou um software para títulos de NES capaz de aprender a passar pelas fases dos games. O sistema desenvolvido por ele segue um sistema simples mas engenhoso: após inserir os dados de cada movimento feito por uma pessoa em diversas sessões de jogatina, o aplicativo deve tentar decidir sozinho quais são as ações que vão levá-lo a prosseguir, tendo como único objetivo conseguir o maior número de pontos.
Como você pode ver no vídeo acima (avance para 6:13 caso queira pular as explicações), o resultado é bastante curioso. Em comparação à primeira corrida mostrada – esta feita pelo próprio Tom7 –, é possível perceber que o computador tem um modo de agir bem diferente do que um humano faria.
O aprendiz supera o mestre?
Isso porque, por um lado, o software consegue se sair muito melhor do que a maioria das pessoas. Ele consegue se aproveitar de falhas nos games para, por exemplo, matar um Goomba sem pisar na cabeça do monstro em Super Mario Bros — algo que não foi inserido por Tom7, mas aprendido sozinho.
Em outros jogos, como Adventure Island, o programa foi além. Além de desviar de todos os obstáculos e pegar vários itens, o software conseguia prever onde os inimigos apareciam antes mesmo deles estarem lá, matando-os assim que eles apareciam na tela.
Burro como uma máquina
Por outro, a inteligência artificial comete erros estúpidos, frequentemente saltando para a morte em obstáculos simples. E, uma vez que seu objetivo é fazer o movimento que dá mais pontos imediatos, no lugar de prever o que é mais eficiente a longo prazo, é possível vê-lo fazendo ações péssimas em certos games.
É o caso do que houve ao testá-lo em Pac-man. Já que não há um caminho “melhor” na maior parte do tempo, o sistema travou várias vezes simplesmente por não saber decidir entre a bolinha da esquerda ou da direita.
O mais curioso, no entanto, foi ao colocá-lo para jogar Tetris: buscando a ação que dava mais pontos, o software acabou empilhando vários blocos rapidamente, no lugar de tentar apagar os níveis inferiores. Então, a um instante da derrota, o jogo simplesmente pausa, já que, ao continuar, ele simplesmente perderia todos os pontos. É, parece que até computadores podem aprender a ser maus perdedores...
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