Se você é um fã de ficção científica, certamente já deve ter visto – ou pelo menos conhece – o filme “Minority Report”. Para quem não, traz um tema bem controverso: um sistema é capaz de prever o futuro e a polícia prende os criminosos antes do próprio crime. Parece utópico demais? A polícia britânica está utilizando um conceito bem parecido.
Bom, esqueça toda a explicação mutante, futurista e fantasiosa. O que o Reino Unido está utilizando é o HART (Harm Assessment Risk Tool ou Ferramenta de Risco de Avaliação de Danos), uma inteligência artificial feita para formar opiniões sobre criminosos recorrentes para saber as probabilidades se eles vão voltar a cometer crimes (ou até delitos mais pesados).
A IA consegue avaliar se um criminoso tem chances altas, médias ou baixas de voltar a cometer crimes
A ferramenta foi construída por um professor da Universidade de Cambridge em parceria com outras instituições. Basicamente, a inteligência artificial separa todos os analisados em três categorias distintas de risco, que pode ser alta, média ou baixa, ou seja, o quanto o criminoso pode voltar a praticar atos ilegais.
Algo à la Minority Report? Bem menos preciso que isso, mas é uma ideia parecida
Como a IA calcula essa probabilidade?
De forma resumida, o sistema analisa diversos elementos sociais, como idade, gênero, QI, histórico de crimes e mais 30 fatores (a raça ou cor de pele não é levada em conta). Se você achar que a análise pode ser rasa, está enganado: o sistema é aprimorado e refinado há uma década, ou seja, alimentado com muitas estatísticas de dados criminais, de criminosos e muitos outros elementos que aprimoram a base de conhecimento de HART, algo que aumenta o acerto de suas previsões.
Mais de 30 fatores de uma única pessoa são levadas em conta e comparadas, algo que leva 11 segundos para analisar e determinar um fator de risco ao criminoso
Certamente, ninguém está indo para a cadeia por pura especulação. Por enquanto, a inteligência artificial está em fase de testes e deve começar a ser utilizada pela polícia em alguns meses. Porém, ela não será fator determinante para prender cidadãos de forma alguma, mas sim para monitorar suspeitos de alto risco ou até ajudar a reintegrá-lo na sociedade.
Fontes