Máquinas que tomam o lugar de trabalhadores humanos é algo que vemos com cada vez mais frequência já há alguns anos, mas a ideia de que isso também pode acontecer com posições de liderança é algo que ainda parece distante. Segundo Jack Ma, CEO do Alibaba Group e um dos melhores líderes do mundo de acordo com a revista Fortune, essa realidade está consideravelmente mais perto do que imaginaríamos.
“Em 30 anos, um robô provavelmente vai aparecer na capa da revista Time como o melhor CEO. Nas próximas três décadas, o mundo vai passar por mais dor do que felicidade”, disse o executivo durante uma conferência de empreendedorismo na China. Para Ma, os sistemas educacionais devem se esforçar para ensinar crianças de forma que sejam mais criativas e curiosas, caso contrário estarão despreparadas para o futuro.
"Nas próximas três décadas, o mundo vai passar por mais dor do que felicidade”, diz Jack Ma
Ainda segundo o executivo, uma das principais vantagens da inteligência artificial dos robôs é o fato de que ela é mais rápida e racional do que os seres humanos. Dessa forma, as máquinas não acabam sendo prejudicadas por emoções improdutivas, como a raiva contra competidores. Em todo caso, Ma ainda consegue ser otimista e afirma que a IA vai melhorar a nossa vida a longo prazo. “As máquinas farão aquilo que os seres humanos são incapazes de fazer. Elas vão se unir e cooperar com a humanidade, em vez de se tornarem o nosso maior inimigo”, pontua.
Novos problemas e soluções
No futuro, trabalharemos tão pouco que vamos ter que repensar como viver nossas vidas
Lá em 2014, o CEO da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, afirmou que a inteligência artificial era o maior risco existencial para nós. Desde então, ele diz que vem buscando formas de utilizá-la para o bem da sociedade. Hoje, a empresa de carros já utiliza seu sistema AutoPilot para tentar tornar a locomoção algo mais seguro e prático.
Seja como for, Ma prevê que a tecnologia eventualmente vai reduzir o nosso trabalho de tal forma que teremos que encarar um novo tipo de “problema”. “Em 10 ou 20 anos, as pessoas vão começar a trabalhar menos de 4 horas por dia, talvez 3 dias por semana”, explicou, afirmando que isso nos levará a questionar o que fazer da nossa vida com todo esse tempo livre.
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