A conferência da Intel na CES 2015 deu bastante destaque aos dispositivos vestíveis (confira o nosso resumo aqui), mas uma revelação surpreendente da companhia que nada tem a ver com um novo produto foi um dos pontos altos da conferência.
A companhia anunciou que vai investir US$ 300 mil (cerca de R$ 810 mil) em um programa chamado Diversity in Technology ("Diversidade na Tecnologia", em tradução literal). O objetivo da iniciativa é combater o preconceito na indústria e promover a inclusão de mulheres e integrantes de classes menos representadas nos quadros da empresa.
"Estamos chamando a nossa indústria para novamente fazer possível o aparentemente impossível, fazendo um compromisso para mudanças reais e transparência em nossos objetivos. (...). Sem uma força de trabalho que reflita com maior proximidade a população, estamos perdendo oportunidades, incluindo não compreendender e produzir para nossos próprios consumidores", afirmou o CEO da Intel, Brian Krzanich.
A principal ação será contratar e treinar pessoas que sofrem diferentes preconceitos na sociedade, tendo como objetivo aumentar a representação dessas classes na força de trabalho e em posições de liderança da Intel até 2020. O dinheiro servirá principalmente para "construir pontes" entre esses funcionários em áreas como engenharia, ciência da computação e o setor de games — este o mais criticado, especialmente por grupos feministas que acusam jogos de machismo.
Parcerias serão estabelecidas com a E-Sports League, a Internatinal Game Developers Association, o National Center for Women in Technology e o Feminist Frequency. O último grupo tem como principal representante a ativista Anika Sarkeesian, que balançou a indústria com um vídeo denunciando o preconceito nos games — dando início ao "escândalo" chamado de GamerGate.
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