Recém-lançados, os processadores Ivy Bridge têm previsão de vida curta. A Intel vem trabalhando nos sucessores da atual linha, os quais pertencem a uma série evoluída, mas que ainda herda muitas características dos modelos mais recentes. Estamos falando da geração Haswell que será fabricada com tecnologia de 22 nm e garantirá inúmeras vantagens.
Hoje, vamos comentar sobre as principais novidades desta série de chips. Abordaremos as alterações do chip gráfico, a mudança de soquete, a introdução de modelos mais robustos para ultrabooks e outras informações pertinentes para você averiguar se vale a pena investir na atual linha de CPUs ou se a espera pode ser a melhor opção.
Características herdadas do Ivy Bridge
Antes de chegarmos à parte das melhorias, vale um apanhado geral para conferir o que deve permanecer intacto na nova série de processadores. Como já citado, os chips Haswell continuarão utilizando a tecnologia de 22 nm, isso porque a Intel vai aproveitar a experiência do Ivy Bridge para reduzir o TDP e adicionar novos componentes dentro das unidades.
(Fonte da imagem: Divulgação/Intel)
Uma das principais novidades do Ivy Bridge foi a adição de transistores tri-gate. Essa característica não apenas deve permanecer idêntica no Haswell, mas também nos modelos futuros. O suporte nativo para memórias DDR3 em canal duplo permanece e, como indicado em uma imagem oficial, os chips trabalharão com memórias de 1,5 V em frequências de até 1.600 MHz. Por ora, não há detalhes sobre compatibilidade com o padrão DDR4.
Além disso, a Intel não deve alterar sua conduta quanto à presença de múltiplos núcleos. Dessa forma, chips da linha Haswell devem contar com no máximo quatro núcleos. Outros boatos cogitam que os novos processadores tragam 1 MB de memória cache L2 para cada núcleo e até 32 MB compartilhados no nível L3.
Um passo em direção ao futuro
A primeira grande mudança da linha Haswell deve ocorrer na arquitetura, ou seja, os novos chips devem ter os componentes internos reorganizados para atender a um novo tipo de funcionamento. A fabricante não revelou informações concretas quanto a essa mudança, porém, segundo uma imagem “vazada” divulgada pelo site Nordic Hardware, os novos chips terão maior desempenho, mas não há detalhes sobre o ganho em performance.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/Nordic Hardware)
A Intel deve investir em recursos para facilitar a técnica de overclock, mas não há clareza nas informações para dizer se os processadores serão desbloqueados ou se o recurso será aplicado de forma automática. Algo que podemos concluir é que o regulador de tensão integrado (FIVR) oferecerá uma configuração simplificada para realizar o procedimento.
Para dar suporte aos novos aplicativos que estão por vir, a Intel adicionará novos conjuntos de instruções. Uma versão evoluída do AVX deve garantir precisão em programas com grande número de pontos flutuantes, e a melhoria no desempenho com o AES-NI visa aumentar a segurança geral do computador.
(Fonte da imagem: Divulgação/Intel)
Essa mudança de geração do Haswell não apenas deve trazer novidades no processamento, mas também possibilitará uma atualização na GPU integrada. Segundo informação do Fudzilla, ainda que a pare gráfica não seja o forte da fabricante, a atualização dos chips para o DirectX 11.1 e OpenCL 1.2 mostra o comprometimento da companhia com os softwares e jogos mais recentes.
Os novos processadores suportarão até três monitores, sejam eles VGA, DVI, DisplayPort ou compatíveis com o padrão HDMI 1.4. Segundo a informação da imagem oficial, o ganho em aplicações tridimensionais será elevado, sendo que as GPUs devem executar até mesmo games com 3D estereoscópio.
O novo chipset
Como noticiado pelo site Nordic Hardware, a Intel vai lançar uma nova linha de chipsets, a Lynx Point. Esses componentes virão instalados nas placas-mãe compatíveis com o soquete LGA1150. A Intel espera lançar tais produtos com o TDP 25% mais baixo do que os atuais itens.
Ampliar (Fonte da imagem: Reprodução/Nordic Hardware)
Uma das grandes novidades é que os dispositivos da série Lynx Point devem oferecer seis portas SATA 3 e seis conexões USB 3.0. Para lançar tais componentes, a Intel deve mudar o processo de fabricação, utilizando tecnologia de 45 nm. Com essa alteração, os novos chipsets devem consumir 50% menos energia, como informou o site Fudzilla.
Ultrabooks ganham atenção especial
Normalmente, notebooks recebem CPUs simplificadas. A linha Haswell, por outro lado, deve introduzir chips mais avançados para os portáteis. Não que a fabricante pretenda disponibilizar modelos com frequências mais elevadas, mas a diferença aqui está na adição do chipset dentro do processador.
(Fonte da imagem: Divulgação/HP)
A ideia é oferecer componentes para atender ao mercado emergente de ultrabooks. Essas máquinas necessitam de itens mais econômicos, eficientes e com TDPs mais baixos. Assim, caso o chipset esteja presente no processador, as montadoras podem oferecer computadores mais finos e que utilizam quantidade reduzida de energia.
Vale a pena esperar?
Faz muito pouco tempo que a Intel lançou a linha de CPUs Ivy Bridge. Portanto, nem adianta esperar que a próxima geração de chips apareça tão cedo. De qualquer forma, para sanar esta dúvida se vale a pena esperar, você deve levar em consideração a máquina que você utiliza no momento.
Caso ela esteja defasada em cinco anos ou mais, vale trocar por um Ivy Bridge. Do contrário, aguardar o Haswell pode ser uma boa ideia, afinal, as novas CPUs serão de uma nova geração e podem apresentar melhorias interessantes. Você está ansioso pelos testes dos novos chips da Intel?
Fontes de pesquisa: Nordic Hardware, Fudzilla, Xbit Labs, Hardware
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