O mundo da tecnologia e o setor automotivo, embora já namorem há algumas boas décadas, têm se mesclado cada vez mais nos últimos anos. Com esse cenário, montadoras tradicionais estão correndo atrás de parceiro mais inteirados das novas tendências tecnológicas e gigantes da informática começam a invadir as pistas em massa.
Fazendo parte desse último grupo e dando suporte a membros do primeiro, a Intel parece disposta a investir uma grana para provar que está falando sério quando diz que quer revolucionar o setor de veículos autônomos. O quão sério? Bem, digamos que a mundialmente famosa fabricante de processadores se comprometeu a injetar US$ 250 milhões em seriedade nessa ideia – cerca de R$ 846 milhões – durante os próximos anos.
A Intel quer que a revolução dos autônomos aconteça o quanto antes
Pelo menos, esse foi o anúncio feito pela empresa na última terça-feira (15), durante a sua participação no LA Auto Show. Embora a companhia já esteja trabalhando há um tempo junto da BWM e da Mobileye para criar um carro capaz de se dirigir sozinho e colocá-lo nas ruas até 2021, a conversa parece ter ganhado um tom bem maior de urgência – com planos bem, bem mais ousados.
Fazendo o que faz de melhor
A expectativa é que, com essa grana, a condução completamente autônoma se torne realidade dentro dos próximos dois anos. Sentiu a pressão? Segundo Brian Krzanich, CEO da Intel, a marca sabe exatamente onde investir para levar essa tarefa adiante: áreas em que a tecnologia pode ajudar diretamente a mitigar riscos ao mesmo tempo em que melhora pontos como segurança, eficiência e mobilidade – além de reduzir custos, claro.
Com tudo isso em mente e com a indústria automotiva praticamente a beira de um novo grande salto – tecnológico e de inovação –, a ideia da Intel é entrar no jogo com a sua grande expertise: processamento de dados. A percepção de Krzanich é que, quanto esses novos automóveis estiverem realmente em circulação, seus sensores, sonares, câmeras e demais aparelhagens vão gerar mais de 4 TB de dados diariamente.
Haja processamento para tudo isso, amigos
Esse número foi usado pelo chefão da Intel para dizer que o processamento dessas informações vai exigir um nível de computação, inteligência e conectividade sem precedentes. Assim, diferentemente de outros grandes nomes da tecnologia, o plano da companhia não é montar um carro autônomo para chamar de seu, mas sim se oferecer como a melhor opção para processar essa quantidade obscena de dados.
Com isso, é provável que, muito em breve, o tradicional selinho da Intel apareça em mais lugares que apenas no gabinete do PC ou na base do seu notebook. E aí, preparado para ter um veículo “Powered by Intel”?
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