Para muitos, o nome Google é relacionado “apenas” ao buscador mais poderoso de toda a internet. Mas a verdade é que a Google é uma empresa muito maior do que mostra o site de pesquisas e está presente em grande parte dos serviços online que utilizamos atualmente (e outros que também usaríamos, caso soubéssemos que existem).
Líder por natureza, a empresa é craque em lançar serviços campeões. Grande parte de seus produtos é referência nos segmentos em que participam, e isso vale para servidores de emails, agregadores de mapas online e outros que fogem dos limites da informática. É o caso do sistema operacional Android (para smartphones e tablets), que já é o mais utilizado em todo o mundo.
Mas será que você conhece os principais recursos oferecidos pela empresa de Mountain View? Neste artigo, reunimos as informações mais interessantes sobre alguns dos principais produtos da Google. Tudo para provar, de uma vez por todas, que a Google deixou de ser “apenas” o maior buscador da internet há vários anos.
Muito além do Google Search
Com exceção do Internet Explorer, os principais navegadores da atualidade utilizam o Google como buscador padrão. Ou seja, se digitar os termos de pesquisa diretamente na barra de endereços, você será redirecionado para a página do Google, onde são mostrados os resultados da sua busca.
Mapas e direções
Mas nem sempre o Google Search basta para mostrar aos usuários o que eles estão procurando. Quando é necessário saber como chegar a determinados locais, qual é o serviço online que você utiliza? É muito provável que sua resposta seja “Google Maps”, que ainda é muito mais utilizado do que o rival Bing Maps (da Microsoft).
Além de mostrar mapas das cidades, o Google Maps também possui um avançado sistema de identificação de rotas. Com ele, é possível inserir dados de local de saída e chegada e saber com detalhes os caminhos que deverão ser seguidos. Também é possível visualizar os percursos em imagens de satélite, e algumas cidades já contam com um novo recurso: Street View.
O Google Street View está disponível em poucas cidades brasileiras (como as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo), mas, em constante crescimento, promete chegar a outras capitais em breve. Com ele, os usuários podem visualizar as cidades como se estivessem passeando por elas, sendo ainda melhor do que o Maps para visualizar caminhos e rotas.
Tradutor com suporte para vários idiomas
Babelfish: cerca de dez anos atrás, ninguém pensava em outro nome para realizar traduções na internet. O tempo passou e a liderança também mudou. Hoje existe o Google Translate, que oferece suporte para 59 idiomas diferentes (incluindo alguns que não utilizam o nosso alfabeto, como é o caso do Russo e do Árabe).
O serviço também apresenta mecanismos para traduções de páginas completas, além de fornecer (em alguns dos 59 idiomas) um sistema de narração dos textos traduzidos. Com esse sistema, é possível realizar até mesmo algumas brincadeiras (clique aqui para relembrar o beatbox criado com o Google Translate).
Pesquisas acadêmicas
Pensando em maneiras de catalogar as obras acadêmicas indexadas pelo buscador, a Google lançou o serviço Google Scholar (Acadêmico, em português). Com ele, os usuários podem encontrar obras mais confiáveis para seus trabalhos acadêmicos e artigos científicos. Por isso, ele é bastante recomendado para universitários que precisam de mais referências em seus projetos.
Grande parte dos links disponíveis no Google Acadêmico direcionam os usuários para arquivos em formato PDF, que podem ser baixados para as máquinas e utilizados como referências em várias ocasiões diferentes.
O pensamento Google
A Google pensa da seguinte maneira quando desenvolve seus projetos: “se 20% dos usuários precisa disso, é útil”, por isso, na página inicial do Google Brasil estão disponíveis os seguintes serviços: Mapas, Orkut, Gmail, Notícias e Vídeos. Vale lembrar que apenas no Brasil a rede social está presente, pois só aqui há demanda pelo serviço.
Se o produto não é demanda de 20% dos usuários, mas é muito necessário e importante para pelo menos 5% deles, a Google considera o serviço como sendo avançado. Ou seja, ele não será descontinuado, mas ficará menos exposto aos olhos. Podemos citar Google Acadêmico, Translate e Docs como parte desse segmento.
“Se é bom, a gente compra!”
Com a receita anual girando em torno de 20 bilhões de dólares, você deve imaginar que a Google possa comprar tudo o que quiser, não é mesmo? Essa é uma grande verdade, pois há vários serviços da empresa que foram criados por outros desenvolvedores e comprados quando já eram sucesso de público.Ampliar (Fonte da imagem: Canal oficial do Baixaki no YouTube)
Há um número gigantesco de casos que podem ser utilizados como exemplos para ilustrar isso. Em 2010, o editor de imagens online Picnik foi comprado por uma quantia que permeia os 50 milhões de dólares. Quatro anos antes, o valor desembolsado pela Google para comprar o YouTube foi ainda maior: 1,65 bilhão de dólares. E esses são apenas alguns dos mais famosos.
Mas se você está pensando que tudo o que a Google compra é rentável, está muito enganado. O próprio YouTube, por exemplo, funciona hoje como uma enorme plataforma de divulgação da empresa, mas os rendimentos não cobrem as despesas com manutenção e aquisição de servidores, cada dia mais necessários.
Google em todas as partes
Como dissemos no item anterior, a Google possui um faturamento que gira em torno dos 20 bilhões de dólares. Mas você sabe de onde vem esse dinheiro? Como o Tecmundo explicou há algumas semanas, uma enorme parcela dos rendimentos da empresa é oriunda das propagandas.
E elas estão por todas as partes. Quem é que nunca acessou algum site e encontrou, logo abaixo do cabeçalho, uma linha ou duas com os “anúncios Google”? Qualquer usuário pode se cadastrar no Google Adsense e colocar algumas propagandas em seu site, o que gera rendimentos para a Google e para o usuário. No YouTube, essas propagandas também estão presentes, sendo mostradas na parte inferior dos vídeos.
Google Labs: a fábrica de sonhos
O sucesso dos serviços da Google não surgiu por acaso. Antes de ir a público, as ferramentas são testadas incessantemente para que sejam encontrados e corrigidos erros de funcionalidade e, principalmente, de segurança. O nome dado ao laboratório de testes é Google Labs, e nele são realizadas as avaliações dos produtos.
Alguns dos serviços passam por longos períodos de testes internos, como é o caso do Gmail, que ficou dois anos sendo utilizado apenas pelos membros da empresa. Depois desses dois anos, foram mais 12 meses de fase Beta, até que fosse lançada a versão final do serviço de emails. Primeiro com convites e, depois, liberado para todos.
Outros produtos que demandam menos segurança, como é o caso do Google Maps, ficam menos tempo em testes fechados. O agregador de mapas ficou por seis meses em Beta interno, até que foi liberado para testes dos usuários. Constantemente a Google lança novos recursos para ele, como o Transit, Street View e vários outros.
O que está nos laboratórios agora?
Atualmente o Google Labs possui vários produtos em desenvolvimento. Eles podem ser acessados pela página oficial do Labs e estão divididos em várias categorias: Aplicativos, Android, Comunicação, Mapas, Busca e outros. Alguns dos principais disponíveis rodam diretamente no navegador.
Google Body Browser, por exemplo, pode ser acessado no Google Chrome ou Firefox 4 e mostra (com detalhes) as várias camadas do corpo humano. Isso inclui ossos, músculos, veias, artérias, nervos e órgãos. É uma verdadeira aula de anatomia online.
Outro bastante interessante é o Page Speed Online, recomendado para desenvolvedores de páginas da internet. Ele analisa sites e gera relatórios do que pode ser modificado na estrutura do endereço varrido, para que os webmasters saibam como fazer com que seus sites sejam mais leves e dinâmicos.
Google Earth entra em órbita
Assim que instalamos o Google Earth, a primeira ação que realizamos é buscar imagens de nossas casas. Depois visitamos alguns pontos turísticos e em seguida fazemos a Terra rodar sobre o seu próprio eixo. Pelo menos esse é o roteiro de utilização de 90% dos usuários. Quem nunca fez algo parecido?
E depois da Terra, o Google Earth passou a ganhar outros recursos. Hoje é possível visualizar também as profundezas dos oceanos e o planeta Marte. Tudo isso pode ser ativado com algumas configurações do aplicativo Google Earth, disponível em vários sistemas operacionais.
O fracasso também existe
Apesar do toque de Midas, a Google também conhece o fracasso em alguns de seus serviços, porque nem todos os recursos oferecidos pela empresa de Mountain View agradam aos usuários. Você sabe do que estamos falando? Pois vamos refrescar a sua memória com dois dos produtos Google que não conseguiram chegar ao topo das paradas.
Google Buzz
Uma mistura de rede social com serviço de microblog, em uma tentativa de combater Facebook e Twitter ao mesmo tempo. O resultado não foi satisfatório, pois poucos usuários decidiram migrar para o Buzz. Hoje o serviço foi abandonado por grande parte dos internautas e poucos se lembram dele quando ouvem a palavra “microblog”.
Google Wave
Mais uma tentativa de agregar muitas funções em apenas uma interface. O Google Wave pretendia ser uma plataforma colaborativa, com mensagens instantâneas, email e rede social integrados. Uma proposta excelente, mas pouco aceita pelos usuários. O resultado foi o anúncio da descontinuação do projeto, que em 2012 deve deixar de estar disponível na internet.
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Você já conhecia os produtos e serviços apresentados neste artigo? Sabia que todos eles eram da Google? Aproveite o seu espaço de comentários para contar ao Tecmundo o que você pensa sobre essa que é a maior empresa de internet do mundo.
Infográfico por Diogo Saito Takeushi
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